Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Modelo de Gestão da Atenção Básica Estadual: A Experiência da Diretoria de Atenção Básica da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia
Amanda Menegola Blauth, Ricardo Heinzelmann

Resumo


A partir de 2007, com a mudança de governo, a Diretoria de Atenção Básica (DAB) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) passou a promover mudanças na forma de fazer gestão de suas ações buscando ser condizente com a nova proposta política. Proposta política esta que visou priorizar a saúde como uma das principais áreas sociais a ser desenvolvida; atuar a partir da concepção de um estado republicano e democrático; prezar e apoiar o fortalecimento da capacidade de gestão e autonomia municipal e propor aos municípios uma descentralização solidária das responsabilidades. Esta nova forma de fazer gestão necessitou de mudanças significativas tanto na forma de gestão da DAB para fora dela e da SESAB, como também para dentro da própria Diretoria de Atenção Básica. As modelagens propostas para operacionalização dessas mudanças pretenderam então democratizar os espaços de discussão, decisão e deliberação internos da Diretoria na busca de minimizar a verticalidade do organograma institucional e desenvolver internamente uma gestão democrática e participativa. Esta proposição teve como um dos grandes objetivos fortalecer a DAB para o desenvolvimento de suas ações de fortalecimento da gestão municipal e qualificação da atenção básica no Estado através da ampliação da capacidade de seus trabalhadores da DAB em qualificar, implantar e implementar a Política Estadual de Atenção Básica. Considerando estes pressupostos, para que a DAB qualificasse o desenvolvimento de suas ações, necessitaria fazer do trabalho na gestão, um trabalho vivo, considerando e fortalecendo competências e habilidades de cada trabalhador e permitindo a exposição das “falhas” e “intencionalidades” inerentes das relações no mundo do trabalho. Assim, ainda em 2007, a equipe dirigente propôs a utilização do Método da Roda como método para análise e co-gestão deste grande coletivo. Levando em consideração este Método, a DAB conformou sua organização mais dura (diretoria, assessoria, coordenações) e também organização dos espaços de deliberação, a organização das redes de pedidos e compromissos, de rodas de educação permanente, grupos de trabalho para formulações específicas, entre outros, de diferentes formas de 2007 até o presente momento. Estas modelagens organizacionais foram modificadas e implementadas algumas vezes ao longo do período referido, a partir da identificação de necessidades. Identifica-se que produzir um processo vivo de reorganização do processo de trabalho na gestão estadual possibilita realizar as funções organizacionais e institucionais com qualidade e eficiência, assim como permite garantir o desenvolvimento profissional e pessoal de todos envolvidos.