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NOVA COLINAS: A NECESSIDADE DA MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR NO DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE.
Resumo
INTRODUÇÃO: A noção de organização política possibilitou ao ser humano a construção de ambientes sociais culturalmente delimitados e com definições próprias sobre o conceito de saúde. Os meios de comunicação foram decisivos na rápida divulgação de tratamentos médicos mais modernos e com a garantia de cura de inúmeras doenças. Essa exibição médico-tecnicista promoveu, inicialmente, a desvalorização das ações coletivas em saúde promovidas a nível primário de atenção, contudo, através da criação do Programa de Saúde da Família as mesmas foram reinventadas, e o interesse populacional resgatado, mediante alguma resistência. OBJETIVOS: Observar a estruturação da Equipe de Saúde da Família do Centro de Saúde Cândida Rêgo em Nova Colinas no Maranhão, e analisar o grau de participação da população local no desenvolvimento das atividades de promoção à saúde. METODOLOGIA: A partir da observação de atividades desenvolvidas no Centro de Saúde de Nova Colinas e a análise teórica de outros trabalhos científicos delimitou-se o tema a ser abordado. Em seguida, investigou-se algumas variáveis : a qualidade da assistência primária prestada e da infra-estrutura disponível para a atuação da Equipe de Saúde da Família, a quantidade de profissionais envolvida no desempenho das atividades da equipe, também,o grau de participação popular nos órgãos de controle social no município, através do Conselho de Saúde municipal e também, a disposição da sociedade em desenvolver ações coletivas de promoção à saúde. PRINCIPAIS RESULTADOS: A infra-estrutura do Centro de Saúde atende às necessidades dos seus trabalhadores. Isso favorece qualitativamente o desempenho das ações de promoção à saúde, contudo, esse desempenho é prejudicado pela carência de alguns profissionais da área. Embora a população se utilize dos serviços aí prestados, há pouca procura, visto que os moradores da cidade ainda associam o alcance da saúde ao número de consultas médicas vivenciadas, e como não existem médicos disponíveis nesta local, então não ocorre maior interesse pelos demais serviços. Percebe-se pouca disposição da comunidade, por exemplo, nas campanhas de prevenção, feiras de saúde e nos conselhos de saúde que têm tido menos respaldo, se comparado a eventos e festividades locais. CONCLUSÕES: A existência de uma participação social significativa em ações de promoção à saúde é essencial para a consolidação da perspectiva de um município mais saudável. Além de comprometer o trabalho das equipes de saúde da família, o pouco interesse da população impede a rápida consolidação das políticas públicas vinculadas à saúde e dificulta a fundamentação de novas propostas que provém de manifestações populares. .