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INTRODUÇÃO A Portaria Nº 648/GM aprovou, em 2006, a Política Nacional de Atenção Básica e revisou as diretrizes da Atenção Básica em Saúde para a Estratégia Saúde da Família (ESF). Fora, então, criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para ampliar o escopo das ações da ESF, atribuindo-lhe apego à promoção e prevenção da saúde. O NASF representa, então, ponto de inflexão entre as relações da ESF e comunidade, de um modelo médico-curativista que considera a saúde como bem de troca a outro preventivista e de promoção da saúde, que a considera produto da construção humana associados à luta por um projeto de classe e ao desejo coletivo por melhores condições de vida. OBJETIVO Abordar as influências simbólicas do NASF quanto à categoria empowerment como suporte sócio-cultural à promoção da saúde na Estratégia Saúde da Família. METODOLOGIA Trabalho realizado na Unidade Básica de Saúde Pedra do Sal (Parnaíba-PI) em fevereiro de 2012, tendo a pesquisa-ação e etnografia como metodologias- base como parte do estágio de vivências VER-SUS. RESULTADOS Observou-se, inicialmente, um afastamento generalizado da comunidade dos eventos e reuniões do NASF. Gradativamente, foram-se articulando representantes comunitários às discussões. Ao final, obteve-se ampla participação popular, com formação de grupos autônomos e agremiações representativas que elegeram necessidades e metodologias na busca por qualidade de vida. CONCLUSÕES A ESF, apesar de seu peso como elo entre SUS e comunidade, ainda se assenta sobre uma racionalidade mercadológica e biologicista que pouco dialoga com promoção e prevenção em saúde. Essa realidade é encontrada em vários locais do país e, por seu passado histórico e peculiaridades sócio-culturais, têm se mantido no Piauí de maneira quase hegemônica. No caso de Parnaíba, o NASF trouxe novas possibilidades de intervenção ao incluírem a comunidade como agente do processo saúde-doença, mobilizando ações e ressignificando valores na construção de um espaço social saudável. Desse modo, o NASF criara o gérmen mobilizador de coletivos ao valorizar a gestão participativa e a flexibilidade de ações que deixam margem ao empowerment coletivo ao incitar a construção de sujeitos históricos e epistêmicos que repensam e reconstroem diariamente a realidade da Estratégia através do estímulo ao auto-reflexão e à luta por qualidade de vida e melhores condições de existência.