Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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O estabelecimento de vínculos entre a saúde do adolescente e a unidade básica de saúde.
Ana Carla Hilário, Fernanda Ribeiro Maia, Bhárbara Soares de Andrade Batista, Carolina Hellu Gasparotti, Eduardo Fernandes Nasser Borges, Guillaume Claveau

Resumo


Ao analisarmos a realidade vivenciada pelos adolescentes com relação à saúde, percebemos que os mesmos não estão preocupados com sua saúde e que consequentemente, ocorre uma falta de vínculo entre os adolescentes e a unidade básica de saúde (UBS). Foi proposta pela UBS, que os alunos de medicina da Universidade Cidade de São Paulo, realizassem atividades para a integração do adolescente com a unidade. As atividades propostas foram avaliar o estado nutricional dos adolescentes, aferir a pressão arterial e realizar o levantamento de queixas (como dores, tosses, etc.). Oficinas lúdicas de teatro e customização foram realizadas com o apoio e atendimento da equipe multidisciplinar a qual incluía médico do programa saúde da família, psicóloga, educadora física e dentista. Após a análise do estado de saúde, os adolescentes foram encaminhados para a realização de consultas, exames e posterior tratamento. Este trabalho revelou jovens com hipertensão, sobrepeso, problemas bucais diversos, psicológicos, gravidez precoce e usuários de álcool e drogas. Alguns jovens encontram-se em tratamento com o médico do programa saúde da família, o qual sua especialidade também é herbiatria. Percebemos que as atividades realizadas na escola oferecem um espaço de abordagem para a prevenção e desenvolvimento de vínculo entre os jovens e os profissionais da saúde. Essas atividades foram de grande relevância já que os alunos se sentiram interessados nos assuntos apresentados, participando ativamente com questionamentos, permitindo que os mesmos se sentissem mais confiantes na relação com os profissionais. Conclui-se que ao desenvolver programas de saúde na escola, de forma multidisciplinar, podemos atingir os objetivos frente aos problemas de saúde da comunidade, especialmente neste caso com adolescentes, viabilizando maior agilidade de encaminhamentos, vínculos e estimulando a participação de novas ações. Os alunos de medicina puderam desenvolver suas habilidades e competências técnicas de forma humanista. Recomendamos que parcerias entre as universidades, unidades básicas de saúde e instituições (escolas e creches) sejam cada vez mais desenvolvidas em favor da saúde das comunidades conforme preconiza o ministério da saúde na atenção básica.