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Este trabalho apresenta a experiência interdisciplinar no ambulatório de HIV / AIDS da Policlínica Piquet Carneiro, sob a ótica do Serviço Social. Neste ambulatório procuramos trabalhar a noção ampliada de saúde, o acesso dos usuários, bem como a totalidade na compreensão das demandas apresentadas pelos mesmos. Já que, possuímos a clareza de que “um problema de saúde” não se esgota na medicalização do usuário, isso seria uma perspectiva reducionista, entendendo a saúde apenas como ausência de doenças, pois atuamos sob a perspectiva de saúde ampliada, dentro do conceito da OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo esta entendida como completo desenvolvimento físico, mental e de bem-estar social dos sujeitos, uma vez que sobre a saúde incidem múltiplas determinações relacionadas aos determinantes sociais em saúde. A inserção do Serviço Social, nos moldes atuais, no referido ambulatório se deu em março de 2011, assim o trabalho encontra-se em construção e alguns avanços já se fazem perceber, como por exemplo, a introdução da entrevista social como parte da rotina de atendimento, e parte integrante do prontuário dos usuários. Pois, através da entrevista social podemos identificar demandas implícitas, que não apenas clínica, que incidem sobre as condições de saúde / doença dos usuários, bem como funciionando como um “canal” de comunicação entre os demais profissionais que compõem a equipe e os usuários. A forma como o atendimento está estruturado faz com que o usuário seja atendido por todos os profissionais do ambulatório, o que propcia a possibilidade de uma compreenssão totalizadora da situação do mesmo. Inclusive nos revelou que o temor do preconceito e da discriminação constitui uma questão significante na vida dos usuários atendidos, apesar dos avanços no tratamento da patologia em questão.