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Os cursos de graduação da Universidade Castelo Branco reorientaram seus currículos em 2009 inserindo disciplinas denominadas Práticas Investigativas (PI) baseadas no uso das metodologias ativas de aprendizagem. No curso de Fisioterapia, estas estão dispostas ao longo do curso com foco na atenção básica a saúde durante os ciclos de vida. A sua implantação tem sido um processo delicado, devido a limitações formativas em relação à metodologia em questão. Assim, desconstruir hábitos tradicionais tem sido um desafio constante. Neste contexto, inicialmente, foi assumido que ações de educação permanente seriam fundamentais para possibilitar a apropriação do método pelos professores e, por conseguinte, a adaptação dos alunos ao novo processo de ensinagem. Desta forma, foi criado um grupo de trabalho (GT) composto por seis docentes do curso de Fisioterapia a fim de criar espaços para leitura, capacitação e utilização da prática pedagógica. Os encontros foram compostos de dinâmicas com discussão de situações problemas seguida do processo de reflexão e teorização do grupo, criação e resolução de relatos de prática e estudo sobre experiências exitosas. Como produto, foram elaboradas sínteses individuais e coletivas. A temática enfatizada nos encontros foi a metodologia em questão. Este processo gerou nos docentes um sentimento de maior segurança para a utilização da metodologia em sala de aula. A dramatização – seja sob a forma de avaliação de disciplina, estratégia de educação em saúde para ações na comunidade ou para o desenvolvimento de TCC – foi utilizada com sucesso em 2010 e 2011. A integração ensino-serviço-comunidade-gestão se tornou mais real a partir do desenvolvimento de atividades de ensino em conjunto com o serviço. Os alunos realizaram análises documentais e visitas técnicas nas unidades de saúde para maior entendimento da situação de saúde dos usuários locais, assim como para identificação de problemas que poderiam ser trabalhados ao longo do semestre. Nesta prática, todos os passos do Arco de Maguerez foram obedecidos e a utilização de portfólio como método de avaliação foi adotada por dois docentes envolvidos. Com base na experiência do grupo autor deste trabalho e com todo o referencial teórico e prático que tivemos acesso, concluímos que o aperfeiçoamento do uso de metodologias ativas de aprendizagem no curso de fisioterapia da Universidade Castelo Branco deve ser um processo ininterrupto, em constante processo de discussão e aprimoramento.