Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL DE PORTADORAS DO FIBRO EDEMA GELÓIDE QUANTO A FATORES DETERMINANTES NO APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA
Ana Larissa Nunes Santana, Amanda Sníria Dantas Lacerda, Ana Priscila Souza Brandão, Mayzon Eduardo Cavalcanti Lucas, Natália Gonçalves Lira, Palloma Rodrigues de Andrade

Resumo


INTRODUÇÃO: O Fibro Edema Gelóide (FEG), conhecido popularmente por celulite acomete cerca de 90% das mulheres após a puberdade. Trata-se de uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com acometimentos que desencadeiam alterações vasculares, lipodistróficas e esclerosantes, resultando no aspecto macroscópico desagradável. Não se trata de um problema exclusivamente estético, pois em graus avançados pode resultar em disfunções na região envolvida. Considerando a saúde como um fenômeno biopsicossocial, compreende-se que o FEG afeta a auto-estima dos indivíduos, interferindo, portanto, não só em seu aspecto psicológico, mas também no convívio social. Há fatores determinantes ao aparecimento ou agravo do FEG, que possuem prevenção, são mutáveis e de baixo custo, ou seja, os relacionados a hábitos de vida. OBJETIVO: Apresentar o perfil de portadoras do FEG considerando fatores determinantes ao aparecimento desta patologia. METÓDOS: Trata-se de uma pesquisa quase-experimental, realizada com 44 portadoras de FEG, com idade entre 20 e 40 anos, assistidas pelo Projeto de Extensão Fisioterapia Dermatofuncional na Saúde da Mulher realizado na Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa. Os dados foram analisados a partir do software Statistical Package for the Social Sciences-16, com nível de significância de 5%. Para a construção do perfil da amostra foram calculadas as prevalências das variáveis determinantes no aparecimento do FEG. RESULTADOS: O sedentarismo, o hábito de fumar, o etilismo, e uma alimentação com excesso de calorias, são fatores determinantes para o aparecimento do FEG. A população estudada foi composta por mulheres sedentárias apresentando idade média de 24,5 ±4,5 anos. Para esta amostra, o fator tabagismo foi de apenas 2,3% não sendo considerado determinante na causalidade do FEG. O etilismo apresentou-se mais predominante, correspondendo a 54,5% das voluntarias que têm o hábito ocasional. Quanto aos hábitos alimentares, dentre as voluntárias, 6,8% consideram sua alimentação hipocalórica, 40,9% a consideram normal, enquanto 52,3% a consideram hipercalórica. CONCLUSÃO: Torna-se relevante a identificação dos fatores determinantes no surgimento e/ou agravo do FEG, à medida que estes podem ser evitados adotando-se mudanças tangíveis nos hábitos de vida, melhorando a condição patológica o que corrobora com a redução no desconforto físico e psicossocial ocasionado às portadoras. PALAVRAS–CHAVE: Fisioterapia, Prevenção, Saúde da Mulher