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PERFIL DE PORTADORAS DO FIBRO EDEMA GELÓIDE QUANTO A FATORES DETERMINANTES NO APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA
Resumo
INTRODUÇÃO: O Fibro Edema Gelóide (FEG), conhecido popularmente por celulite acomete cerca de 90% das mulheres após a puberdade. Trata-se de uma desordem localizada que afeta o tecido dérmico e subcutâneo, com acometimentos que desencadeiam alterações vasculares, lipodistróficas e esclerosantes, resultando no aspecto macroscópico desagradável. Não se trata de um problema exclusivamente estético, pois em graus avançados pode resultar em disfunções na região envolvida. Considerando a saúde como um fenômeno biopsicossocial, compreende-se que o FEG afeta a auto-estima dos indivíduos, interferindo, portanto, não só em seu aspecto psicológico, mas também no convívio social. Há fatores determinantes ao aparecimento ou agravo do FEG, que possuem prevenção, são mutáveis e de baixo custo, ou seja, os relacionados a hábitos de vida. OBJETIVO: Apresentar o perfil de portadoras do FEG considerando fatores determinantes ao aparecimento desta patologia. METÓDOS: Trata-se de uma pesquisa quase-experimental, realizada com 44 portadoras de FEG, com idade entre 20 e 40 anos, assistidas pelo Projeto de Extensão Fisioterapia Dermatofuncional na Saúde da Mulher realizado na Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa. Os dados foram analisados a partir do software Statistical Package for the Social Sciences-16, com nível de significância de 5%. Para a construção do perfil da amostra foram calculadas as prevalências das variáveis determinantes no aparecimento do FEG. RESULTADOS: O sedentarismo, o hábito de fumar, o etilismo, e uma alimentação com excesso de calorias, são fatores determinantes para o aparecimento do FEG. A população estudada foi composta por mulheres sedentárias apresentando idade média de 24,5 ±4,5 anos. Para esta amostra, o fator tabagismo foi de apenas 2,3% não sendo considerado determinante na causalidade do FEG. O etilismo apresentou-se mais predominante, correspondendo a 54,5% das voluntarias que têm o hábito ocasional. Quanto aos hábitos alimentares, dentre as voluntárias, 6,8% consideram sua alimentação hipocalórica, 40,9% a consideram normal, enquanto 52,3% a consideram hipercalórica. CONCLUSÃO: Torna-se relevante a identificação dos fatores determinantes no surgimento e/ou agravo do FEG, à medida que estes podem ser evitados adotando-se mudanças tangíveis nos hábitos de vida, melhorando a condição patológica o que corrobora com a redução no desconforto físico e psicossocial ocasionado às portadoras. PALAVRAS–CHAVE: Fisioterapia, Prevenção, Saúde da Mulher