Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL DOS USUÁRIOS PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ADSCRITOS À SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
Angely Caldas Gomes, Kelienny Meneses de Sousa, Danyelle Nóbrega de Farias, Jéssica Mascena de Medeiros, Robson da Fonseca Neves, Jairo Domingos de Morais, Kátia Suely Queiroz Silva Ribeiro, Geraldo Eduardo Guedes Brito

Resumo


INTRODUÇÃO: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um déficit neurológico cuja incidência vem crescendo devido às mudanças no estilo e expectativa de vida da população. Provoca grande impacto no indivíduo, família e sociedade, que se reflete na saúde pública, por ser a principal causa de incapacidades neurológicas em adultos e por gerar altos custos com seu tratamento a curto e longo prazo. OBJETIVO: Traçar o perfil sócio-demográfico e clínico dos usuários pós-AVC, adscritos à Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de João Pessoa-PB. METÓDOS: Trata-se de um estudo quantitativo e transversal, realizado com 140 sujeitos de ambos os sexos e idade igual ou superior a 18 anos, acometidos por AVC no período de 2006 a 2010 e assistidos pela ESF. Os dados foram tabulados utilizando o programa Microsoft Office Excel 2007 e analisados a partir do software SPSS 15.0, com nível de significância de 5%. Para a construção do perfil da amostra foram calculadas as prevalências das variáveis socioeconômicas e clínicas, de interesse deste estudo, e seus respectivos intervalos de confiança a 95% na população total entrevistada. RESULTADOS: A amostra apresentou-se homogênea quanto ao sexo, com predomínio para o feminino (n=73, 52,1%), faixa etária igual ou superior a 60 anos (n=103, 73,6%), alfabetizados (n=84, 60%), casados (n=90, 64,3%) e com renda mensal familiar entre 1 a 2 salários mínimos (n=69, 49,3%). O principal diagnóstico autoreferido foi hipertensão arterial (n=121, 86,4%). O consumo regular de álcool e o hábito de fumar foram relatados por 20,7% (n= 29) e 16,4% (n= 23) da amostra, respectivamente. No que se refere aos aspectos clínicos do AVC, 47,1% (n=65) não souberam informar por qual tipo foi acometido, entretanto o hemorrágico mostrou-se mais prevalente do que o isquêmico, sendo representados por 40,0% (n= 56) e 12,9% (n=18), respectivamente. Quanto ao número de acometimentos, 65,7% (n=92) dos entrevistados declararam ter tido um episódio, e não houve diferença significante para o lado afetado, tendo 44,3% (n=62) comprometimento do hemicorpo direito e 41,4% (n=58) do esquerdo. Apenas 4,3% (n=6) da amostra foram acometidas em ambos os lados. CONCLUSÃO: O estudo deu visibilidade ao contexto de quem sofre pelas suas sequelas no âmbito da Atenção Primária à Saúde, e pode contribuir nas discussões e a formulação de políticas públicas no sentido de favorecer cuidados integrais e resolutivos.PALAVRAS–CHAVE: Acidente Cerebral Vascular, Programa Saúde da Família, Perfil de Saúde, Atenção Primária a Saúde.