Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Projeto Vivência Cultural: ultrapassando barreiras junto com pessoas com deficiência
Lisiane Miwa Yonezawa

Resumo


CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: A Prefeitura Municipal de Louveira/SP, através da Secretaria de Saúde tem o Projeto Vivência Cultural (PVC), dentro do Programa de Saúde Domiciliar (PSD). Os pacientes atendidos pelo PSD são caracterizados em apresentar deficiências que os incapacita de circular pelos espaços públicos com facilidade, mas que cronicamente, instalou-se uma rotina domiciliar esvaziada de estímulos e acomodada em impedimentos de ordem social, econômico, cultural, arquitetônicos, entre outros, diminuindo a contratualidade social dos pacientes. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O PVC fez atividades externas ao domicílio, cujos objetivos terapêuticos foram: integração social, descobrimento de capacidades, estímulo à autonomia e independência, melhoras na qualidade de vida, na auto-estima e na contratualidade social. Entende-se que as atividades culturais e vivenciais permitem equalizar as diferenças sócio-culturais, formar identidade e integração grupal, explorar habilidades, acessar conhecimentos e aprendizados, entre outros. O PVC ocorreu de abril a dezembro de 2011, com quarenta pacientes com deficiências físicas, mentais e em cuidados paliativos. Foram visitados lugares públicos como: peças de teatro, parques e academia adaptados, biblioteca, serviços e pontos turísticos da cidade e palestras-vivências sobre direitos da pessoa com deficiência e sobre responsabilidade social e ecológica. EFEITOS ALCANÇADOS: Foi possível produzir melhoras na autonomia e independência dos pacientes dentro e fora do domicílio, no convívio familiar e social; reencontros sociais; acesso a conhecimentos culturais e de lazer relacionados à história de vida dos próprios pacientes; aprendizado e estímulo a desenvolvimento de habilidades; melhora na qualidade de vida; produzir atenção intersetorial e integral à saúde; transformações na acessibilidade de prédios públicos do Município. Vale lembrar que não só prédios com acessibilidade foram visitados, o que criou uma demanda de adequação e uma sensibilização dos gerentes de cada estabelecimento. RECOMENDAÇÕES: A experiência deste projeto mostrou que para produzir transformações na ordem da acessibilidade social, cultural e arquitetônica em espaços públicos, é preciso que os atores sociais se impliquem ativamente para tais conquistas, criando demandas ao circular pelos espaços públicos, participando de Conselhos e Associações de defesa dos direitos da pessoa com deficiência e produzindo ações de saúde integrais e intersetoriais.