Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Proposta de Consultas Coletivas de Puericultura em uma Equipe de Atenção Primária
Gisele Milman Cervo, Cássia Abella

Resumo


O Ministério da Saúde (Brasil, 2002) preconiza um mínimo de 7 consultas no primeiro ano da criança. Elas são realizadas com 15 dias de vida, 1, 2, 4, 6, 9 e 12 meses. Essa estratégia visa à qualificação do acompanhamento, visto que a proximidade com o bebê e sua família favorece a detecção e intervenção precoce de alterações do desenvolvimento e auxilia na prevenção de agravos na saúde da criança. O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) segue as recomendações do Ministério da Saúde no que concerne às ações de puericultura. A US Nossa Senhora Aparecida faz parte do Serviço Saúde Comunitária (SSC) do GHC. Desde janeiro de 2011, a equipe desta US vem realizando, de forma interdisciplinar, consultas coletivas de puericultura no 2°, 6° e 9° mês. Participam dessas consultas bebês, seus familiares e profissionais das seguintes áreas: medicina, enfermagem, psicologia, odontologia e serviço social. Os grupos são formados de acordo com o mês de nascimento das crianças. Em cada consulta participam até 3 profissionais, sendo que um deles será referência para o grupo. Para a realização e organização das consultas foi feito um planejamento e desenvolvido um roteiro, tomando-se como base a ficha de avaliação da criança de 0-12 anos, referência para o SSC do GHC. As consultas ocorrem em dois momentos: 1°) Esclarecimento de dúvidas e conversa sobre temas que constam na ficha do SSC do GHC: interação bebê-família, alimentação, desenvolvimento neuropsicomotor, prevenção de acidentes e higiene; 2° ) Exame físico e revisão da carteira vacinal; O registro das consultas é feito nos prontuários, boletins de atendimento e livro especifico das consultas. São realizadas avaliações posteriores sobre os encontros. Durante o ano de implantação da proposta de consulta coletiva na unidade foi possível ampliar os espaços interdisciplinares na equipe de saúde e torná-los mais integrais, bem como promover a troca de experiências e saberes entre as famílias, possibilitar o acompanhamento do bebê por profissionais de saúde de diferentes áreas e detectar precocemente agravos à saúde das crianças. Para subsidiar a avaliação desta proposta, está sendo desenvolvido um questionário pela equipe, para que as famílias que já participaram das consultas dêem um retorno de como foi ter consultado nesta modalidade e qual foi o impacto que as consultas tiveram na sua relação com seu bebê e no seu vínculo com a equipe.