Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Redes de Atenção à Saúde Mental: revisão sistemática
Reijane Aquino Veloso, Gilvânia Melo Rocha, Adriana Silva Loureiro

Resumo


Introdução: A consolidação do Sistema Único de Saúde na Constituição Federal de 1988, além de estabelecer a universalização do acesso, promoveu a descentralização/regionalização e integração com formação de redes assistenciais como diretrizes fundamentais. As redes regionalizadas e integradas de atenção à saúde oferecem condição estruturalmente mais adequada para efetivação da integralidade da atenção e reduzem os custos dos serviços por imprimir uma maior racionalidade sistêmica na utilização dos recursos. Acredita-se que a descentralização, preconizada pelas políticas públicas de saúde, desencadeia um processo de transferência de responsabilidades para unidades locais com concentração de poder em nível central, quando se trata de Saúde Mental. Objetivo: Este artigo tem o objetivo revisar sistematicamente acerca da construção de redes na atenção à saúde mental, enfocando os aspectos gerenciais das redes de atenção à saúde. Metodologia: Foram utilizadas as palavras-chave: "redes de atenção à saúde" + "saúde mental" + “serviços comunitários de saúde”; através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas principais bases de dados, sendo incluídos na pesquisa estudos completos publicados em periódicos indexados nas principais bases de dados no idioma português. Tendo como critérios de exclusão estudos de caso; série de casos; trabalhos que não abordem especificamente o tema. Resultados: Ao aplicar todos os critérios de inclusão, exclusão e leitura subsequente, a amostra resultou em oito artigos para análise. Pode se observar que os artigos selecionados para o estudo foram publicados em revistas com bom grau de recomendação e nível de evidência científica, em sua maioria foram publicados recentemente, predominando estudos com abordagem qualitativa. Conclusão: Desde a reforma psiquiátrica tem se buscado uma forma eficiente de se estruturar uma rede social de apoio e atenção ao usuário com sofrimento psíquico, sendo indiscutível o papel da família como apoio e ligação às demais redes sociais e comunitárias, bem como com a atenção primária a saúde que deve ser, o principal articulador do processo de referência aos demais pontos terapêuticos, como o próprio CAPS, mas indissociável do processo terapêutico do usuário.