Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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REFLEXÕES SOBRE A INSERÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA
Marco Tulio Ribeiro, Pedro Renan Oliveira, Tatiana Monteiro Fiuza, Mayra Lobato Pequeno, Fernanda dos Reis Souza, Luiz Ferndo Farah Tofoli

Resumo


Pedro Renan Santos de Oliveira¹ ² Fernanda dos Reis Souza¹ ² Luiz Fernando Farah de Tófoli² Marco Túlio Aguiar Mourão Ribeiro ² Tatiana Monteiro Fiuza¹ ² Mayrá Lobato Pequeno¹ ¹ Sistema Municipal de Saúde-Escola da Secretaria de Saúde de Fortaleza/CE ² Universidade Federal do Ceará 3 Universidade de Fortaleza Os NASF - Núcleos de Apoio a Saúde da Família, criados recentemente no âmbito do Sistema Único de Saúde brasileiro, tem como objetivo apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, a territorialização, além de ampliar a Atenção Primária a Saúde (APS) no país. O objetivo desse trabalho é refletir criticamente sobre a inserção dos NASF na APS brasileira. Para isso, utilizou-se como metodologia de pesquisa a investigação e análise documental. A classificação do material e elaboração de categorias de análise culminou na construção dos seguintes eixos de discussão: inserção na APS e construção dos processos de trabalho. A estratégia NASF, segundo a literatura, deve ser construída por equipes multiprofissionais que trabalhem cooperativamente com as Equipes de Saúde da Família, composta por médicos, enfermeiros e dentistas. Em discussão, apontam-se as dificuldades iniciais de inserção das categorias multiprofissionais na ESF, as condições de trabalho na APS, bem como o início da construção da identidade dos trabalhadores com uma nova atuação. A territorialização ocupa papel central neste processo, fornecendo subsídios para a organização de oferta de ações com foco nas necessidades de saúde de dada comunidade, em resistência a ações em APS focadas em programas de saúde púbica concentradas na ESF. O modelo NASF fomenta a integração de outras profissões na APS, contudo, caracteriza-os como especialistas, o que reduz o tempo possível para abordagem dos problemas de saúde e dificulta a construção do vínculo comunitário.