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O PET- Saúde/Saúde da Família é fruto da parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde, Instituições de Ensino Superior e Prefeituras Municipais. Em Santa Cruz do Sul/RS, a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) juntamente com a Prefeitura Municipal, desenvolvem desde 2010 atividades de ensino, pesquisa e extensão buscando a integração entre a universidade, serviço público e comunidade. Um dos objetivos deste programa é o fortalecimento da Atenção Básica, para que ocorra acessibilidade com qualidade na atenção à saúde da população. Na UNISC o programa conta com uma equipe multiprofissional, envolvendo acadêmicos de nove cursos da área da saúde, além de docentes e preceptores. As atividades desenvolvidas vão desde a assistência até ações de prevenção a doenças e promoção a saúde, sendo estas atividades realizadas em seis Estratégias de Saúde da Família (ESF). No PET-Saúde/Saúde da Família/UNISC, uma das parcerias que deu certo foi entre estudantes e preceptores. Nesse programa, o preceptor é o orientador do estudante, ou seja, um facilitador do processo ensino-aprendizagem no campo de práticas. Os preceptores não necessitam ser da área específica de conhecimento do estudante, dessa forma acontece o atravessamento de diferentes olhares e saberes sobre o fazer em saúde. A partir deste encontro, não se busca a homogeneidade de opiniões, mas sim o encontro dessas diferentes perspectivas que preenchem as lacunas da formação em saúde. O preceptor estimula o ato de pensar a partir dos conhecimentos do próprio estudante, com isso estabelece uma relação de horizontalidade na medida em que ensina e aprende com os acadêmicos, o que favorece o protagonismo estudantil. A relação estudante-preceptor provoca espaço profícuo para o partilhamento de saberes e a construção de novas compreensões que provocam mudanças significativas nas práticas de cada um, pois se abre o escopo de ação pelo municiamento de novos instrumentos e possibilidades de práticas. O preceptor é a figura de referência do acadêmico na ESF, entretanto não é o único profissional que o estudante mantém contato, pois toda a equipe de saúde da família acolhe o acadêmico nas suas dúvidas e inseguranças, mas também na potência criativa do estudante, inclusive trabalhando em atividades conjuntas, aproximando-o da realidade do trabalho em saúde pública e proporcionando o trabalho multi e interdisciplinar.