Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Relato de experiência dos acadêmicos extensionistas do curso de fisioterapia no Projeto Educação em Saúde da Universidade Castelo Branco
Janaina Rodrigues, Raíza Cardoso, Wdielle Cretton, Rafaela Woodtli, Marcelly Barbieri, Eliane Machado, Juliana Veiga, João Galdino, Michelle Guiot

Resumo


Relato da experiência de acadêmicos extensionistas do Projeto Educação em Saúde (PES) do curso de fisioterapia da Universidade Castelo Branco (UCB)/ Rio de Janeiro no período de Ago 2009 a Dez 2011. Equipe constituída por 3 professores e 10 extensionistas, que se reúnem mensalmente para trocas de experiências, planejamento, execução, registro das atividades e análise desses resultados, descentralizando as funções dos docentes e estabelecendo uma relação horizontalizada entre preceptores e extensionistas enquanto personagens ativos. As atividades são realizadas nos bairros de Bangu e Realengo – zona oeste do rio de Janeiro, 5 vezes por semana, nos turnos manhã e tarde. São realizadas ações que visam o aprimoramento da atenção básica a saúde como (1) práticas de educação em saúde – através de visitas domiciliares periódicas, palestras e oficinas com moradores, internos do abrigo, creches e escolas, (2) educação permanente com as equipes de atenção básica das unidades de saúde do entorno e estagiários da UCB, (3) Oficinas e rodas de conversa de educação popular em saúde no pé diabético, (4) parceria com a Pastoral da criança para a prevenção e promoção da saúde, (5) realização de ações sociais, eventos comemorativos e (6) publicações das experiências vivida. Toda a rotina descrita vem proporcionando ao longo destes dois anos o estabelecimento de vínculos com a realidade social das classes populares, maior autonomia desde o planejamento das atividades até a relação humanizada com os usuários, o acolhimento no cuidado e o resgate da condição humana. Ainda, a reorientação do olhar sobre o panorama brasileiro do programa de atenção básica a saúde, em especial seus entraves, desafios, avanços e conquistas no município do Rio de Janeiro, reconhecimento do verdadeiro sentido da palavra integralidade, uma vez que é necessário o acesso a todas as tecnologias da saúde – para que estas não sejam vistas pela sua magnitude, mas sim como recursos que precisam ser realizados no momento certo, contribuindo propositivamente com os processos de mudança na formação superior em saúde e na real identidade do fisioterapeuta que se deseja formar. Consideramos imperativo o incentivo das IES em relação a inserção de alunos em atividades de extensão universitária, uma vez que, essa prática contribui para a formação do profissional cidadão, junto à sociedade, como um espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes.