Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Relato de experiência: necessidades de saúde de crianças de uma comunidade indígena urbanizada em Campo Grande, MS.
Karina Candia da Silva, Sheila Insfran da Silva, Débora Sangeroti, Gizele Almeida Ribeiro, Jaqueline Simionatto, Victória Regina Ferro, Daniela Pereira Vicente, Ana Flávia do Valle França, Gustavo Santos Moura, Bárbara Dantas de Senna Ragalzi, Laura Rezende Matias, Adriane Pires Batiston, Mara Lisiane de Moraes do Santos, Fátima Del Fava

Resumo


Nas últimas décadas as transformações socioculturais sofridas pelas comunidade indígenas devido ao processo de urbanização de suas aldeias, geraram uma desestruturação em seus hábitos de vida. Em especial a criança indígena sofreu com esta nova condição o que gerou a perda da qualidade de vida e consequente aumento de doenças relacionadas a hábitos alimentares inapropriados, falta de higiene e, ausência de saneamento básico e cuidados com moradia. Após a investigação das necessidades de saúde das crianças da Comunidade Indígena, observou-se a carência de informação sobre noções de higiene seja bucal, pessoal ou no trato com os alimentos. Constatou-se ainda a deficiência no conhecimento sobre coleta seletiva, combate à dengue, além da importância dos exercícios físicos para uma vida saudável. Baseado nas necessidades de saúde elaborou-se um projeto de educação em saúde com o objetivo de promoção de saúde das crianças indígenas na faixa etária de 6 a 10 anos, respeitando suas especificidades sociais, econômicas e culturais. Foram realizadas seis visitas quinzenais na Comunidade Indígena nas quais foram desenvolvidas atividades lúdico-educativas sobre temas relacionados a um hábito de vida saudável (atividade física, hábito alimentar, hábitos de higiene, coleta seletiva, reciclagem e dengue). Este projeto possibilitou a compreensão das necessidades de saúde individuais e coletivas das crianças indígenas desta comunidade e de como é possível realizar intervenções de maneira humanizada. Ver o indivíduo como um todo é primordial para realizar ações que promovam condições de vida saudável. A atividade permitiu aos integrantes do grupo perceber a importância do vínculo para que as ações fossem realizadas de maneira eficaz e transformadora para todos que participaram das intervenções.