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De acordo com a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS (BRASIL, 2009), produzir saúde e gerir processos de trabalho (atenção e gestão, clínica e política, produção de saúde e produção de subjetividade) são indissociáveis. Nesta perspectiva, este trabalho busca discutir os espaços de co- gestão do Cuidado, em consonância com a construção do trabalho em Rede no município de São Bernardo do Campo. O trabalho estruturou-se a partir do relato de experiência de um caso em que foi necessário fazer contenção e transporte de paciente psiquiátrico que não era assistido pelos serviços de saúde. A. M. (53 anos), com um pré- diagnóstico de Deficiência Mental associado a uma Psicose, mora com um sobrinho, A. C. M. (30 anos), com diagnóstico de Esquizofrenia, e com a irmã E.M. (50 anos), cuidadora de ambos. Estes apresentavam alta vulnerabilidade devido ao não acompanhamento clínico desta família e às condições precárias da residência (falta de condições básicas de higiene, e condições estruturais da casa precária). A partir da atuação da equipe de Apoio em Saúde (ferramenta de gestão do Cuidado no Município) e de diferentes serviços (Centro de Referência Psicossocial (CAPS), Unidade Básica de Saúde (UBS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidade de Pronto Atendimento (UPA)), traçou-se um Projeto Terapêutico Singular que contemplasse as necessidades de saúde desta família. Disparou-se, então, uma discussão quanto ao fluxo de casos relacionados à Saúde Mental em que é necessário o resgate de pacientes em surto, reorientando o fluxo vigente no Município. Concomitantemente, constrói-se a estruturação do trabalho em Rede.