Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A compreensão do real significado de Saúde em seu teor único e universal através do olhar de uma acadêmica de Fisioterapia da Universidade Castelo Branco - RJ.
Raiza Cardoso, Marcelly Barbieri, Eliane Machado, Juliana Veiga, João Galdino, Michelle Guiot

Resumo


Ao integrarmos as práticas de educação em saúde, nos propomos a executar nosso papel como atores sociais. As experiências tornam-se significativas uma vez que entendemos que somos a política pública. Essa postura de contribuição para a conquista da autonomia dos usuários do SUS tem a educação como elo principal. Educação em seu sentido amplo, onde não há um saber superior, mas integralidade entre os mesmos. Diante dos conceitos literários sobre a distinção entre os grupos sociais, perguntamos, onde nos encaixamos, ou seja, onde estamos na sociedade. Somos da classe de baixa, média ou alta renda? Somos universitários, profissionais de saúde, leigos em saúde, enfim, qual nosso lugar e conseqüentemente nossa função no país? Nossa função é estarmos integrados ao que o governo classificou de Sistema Universal. Teoricamente, não existiria desagregação quando se fala de saúde em relação à forma que a recebemos e que a percebemos dentro do nosso contexto social. Essa visão torna-se nítida, quando mesclamos em culturas diferentes dentro do mesmo país. É difícil sentir a unificação no sentido literal da palavra. E quando nos percebemos como multiplicadores do aprendizado de forma horizontal, percebemos a nossa dificuldade em enxergar o sujeito não como a sociedade o percebe em esferas sociais, mas como suas angústias sociais explicitam-se a nós. É sabermos como agir num sistema único, digno de ser sensível a perceber as diferenças existentes entre nós. Estarmos inseridos em um projeto que envolve educação em saúde enquanto acadêmico, nos faz visualizar que os projetos científicos são formas especializadas de trabalhar o saber popular, vivencias que nos impõe a não nos posicionarmos como autores da saúde. Momentos em que muitas vezes não sabemos o que fazer, ou por onde começarmos quando estamos diante de problemas socias, são comuns dentro de um projeto e a prática nos amplia a percepção de que simplesmente observar nos direciona ao foco, na maioria das vezes, o mais preciso. A parti daí, automaticamente buscamos alternativas de integrar a saúde levando em conta que saúde também é dar experiências das nossas vivencias aos usuários, que eles desconhecem ou ignoram por fazerem parte de uma sociedade fragmentada. Uma folha de papel e um lápis de cor para uma criança que não tem acesso à assistência básica, e perceber uma real necessidade subjetiva não explícitas a nós é uma forma de fazer saúde.