Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A CONSTRUÇÃO DE ATIVIDADES EDUCATIVAS PARA UM SABER TRANSFORMADOR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Sarah Alves Moura Costa, Anna Verônica de Souza Worley, Mariza Silva Almeida, Uememson Silva Soares

Resumo


A universidade possibilita a integração entre a comunidade por meio de projetos de extensão, proporcionando o pensar a práxis e reinventá-la no campo, envolvendo a responsabilidade social. Através do planejamento e da organização de atividades de educação em saúde se constituem uma importante ferramenta na troca de experiência e na construção do conhecimento a partir da realidade. Desse modo, a partir do Projeto de extensão: “A Enfermagem frente à mulher no ciclo gravídico puerperal: conhecer para melhor cuidar” desenvolvida em uma Maternidade pública de Salvador desde março de 2009, em andamento destacam-se as práticas educativas realizadas com mulheres no ciclo gravídico puerperal e que teve o objetivo de realizar cuidados de Enfermagem durante a gravidez e no pós-parto com ênfase na integralidade da assistência e instrumentalizar as (os) estudantes de enfermagem e enfermeiras (os) recém graduadas para o desenvolvimento de atividades relacionada ao cuidado de Enfermagem. No contexto do Sistema Unico de Saude – SUS, o espaço da Enfermagem é na produção da saúde e não a lógica da doença, como uma educação renovadora, o que significa uma educação para a construção e ressignificação dos conceitos e não simplesmente depósito de conhecimento. A metodologia utilizada tem sido a problematizadora e participativa, utilizada em espaço de criação e de construção coletiva para um saber transformador, a partir de experiências concretas junto às mulheres usuárias da Maternidade. As atividades foram realizadas na forma de roda de conversa, dessa forma, o cuidado de enfermagem pode ser pautado nas necessidades relatadas das mulheres. Além das práticas na Maternidade, foram realizadas capacitações teóricas durante a extensão, totalizando uma carga horária de 150h. Como resultado do projeto de extensão foi possível notar que um número considerável de mulheres chega à Maternidade desprovida de informações mínimas do processo grávido – puerperal, principalmente para as primigestas cuja falta de informações gera medo e angústia. Desse modo, essa autonomia é entendida como a capacidade do individuo compreender o seu contexto e agir sobre si próprio. Além disso, no desenvolvimento da extensão, é importante a valorização dos saberes das usuárias a partir do momento que elas participaram das rodas de conversas, resultando na troca de experiências e, contribuindo para a construção do conhecimento a partir da realidade.