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Em uma sociedade que enfrenta dilemas e quebra de paradigmas no que diz respeito à dependência química, mudanças no tratamento da doença mental e /ou sofrimento psíquico, trava-se na sociedade brasileira uma batalha silenciosa e talvez até mesmo velada entre a reforma psiquiátrica e a manutenção do modelo antigo de assistência. Trabalhadores, em especial da atenção básica, sofrem com o dilema de qual modelo seguir e conseguir compreender nesse mar de incertezas como auxiliar dependentes químicos, em especial mulheres em idade fértil, que procuram a unidade para planejamento familiar. Muitas vezes o desejo de proteção pode ser confundido com controle de natalidade; o dilema está entre a liberdade de escolha da mulher e o sentimento de proteção com o possível concepto. Sugerimos aqui uma discussão acerca do papel do enfermeiro da atenção básica no planejamento familiar frente à epidemia do crack, a qual questiona nosso modelo assistencial e nossa conduta profissional, pois infelizmente verificamos rotineiramente nossa dificuldade e em alguns momentos até mesmo sentimento de impotência por ter de aprender a lidar com um problema que ainda não conhece soluções instituídas. Palavras chave: Dependência em crack; Enfermeiro em saúde mental; Planejamento familiar.