Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A Fonoaudiologia em Salvador e o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
Maira Mota Souza Santos, Leda Maria Fonseca Bazzo, Udilene de Miranda Pereira, Danielle da Cruz Ferreira, Louine Danielle Desiree Miranda Pita, Mayara Pinheiro de Souza, Ana Verena Rocha Carvalho, Joiceangela Alves Nascimento, Luzia Poliana Anjos da Silva

Resumo


Introdução: A oferta de serviços fonoaudiológicos (SF) pelo Sistema Único de Saúde em Salvador mostra-se incipiente. O acesso do usuário é dificultado pelo pequeno número de estabelecimentos, má distribuição geográfica dos serviços e pela complexidade no acesso as informações do CNES. Entender a oferta e as dificuldades no acesso ao SF é de fundamental importância para repensar a organização dos serviços e a dificuldade de ingresso no SF oferecido pelo SUS em Salvador. Objetivo: Verificar a oferta de SF pelo SUS e caracterizar os serviços cadastrados em Salvador, analisando a coerência entre a informação do CNES e a oferta real do serviço. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo realizado com dados públicos, disponíveis no DATASUS, do Ministério da Saúde. Durante o período de novembro de 2010 a janeiro de 2011 foram identificados todos os fonoaudiólogos com cadastro em Salvador e seus respectivos estabelecimentos de atuação. Posteriormente, todos os estabelecimentos foram contactados via telefone para confirmação da oferta dos serviços. Resultados: Foram encontrados 84 estabelecimentos cadastrados no CNES em Salvador. Destes cinco não possuíam atendimento fonoaudiológico, 39 ofereciam atendimento apenas particular e/ou convênio, 25 atendiam pelo SUS e 15 não tiveram seus dados confirmados, devido a incongruências nos dados cadastrados, como telefone não existente ou errado. Daqueles que ofereciam SF pelo SUS, 54,5% atendiam crianças, 40,9% adolescentes, 31,8% adultos, 45,5% possuíam demanda especial e 13,6% não informaram a clientela assistida. Dos 22 estabelecimentos SUS que informaram a especialidade do SF, 50% fazem apenas terapia, 4,5% faz apenas exames audiológicos, 27,3% fazem terapia e exames audiológicos e 9,1% correspondem a triagem dos distúrbios da comunicação e acompanhamento de bebês de risco. Conclusão: A partir dos dados encontrados observa-se que existem incongruências nas informações disponibilizadas pelo CNES e o número real de SF pelo SUS em Salvador. Logo, torna-se importante a revisão dos dados disponibilizados no CNES, assim como a relevância de repensar a organização dos serviços fonoaudiológicos na rede SUS em Salvador.