Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SANITÁRIA NAS AÇÕES PRÁTICAS DA ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMÍLIA
Henrique Oliveira e Silva, Karylla Marques de Miranda, Osvaldinete Lopes de Oliveira

Resumo


Introdução: Sabe-se que o saneamento, entendido como os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a coleta e disposição de resíduos sólidos, a drenagem urbana e o controle de vetores, constitui-se em um dos principais meios de prevenção de doenças e está diretamente ligada ao nível de saúde de uma comunidade. Sendo assim, esforços devem ser empreendidos no provimento do saneamento às comunidades, bem como na educação sanitária. Nesse contexto a Liga Acadêmica de Estudos da Saúde da Família, formada por acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, tem contribuído com as atividades realizadas em uma Unidade de Estratégia da Saúde da Família em Campo Grande – MS. Objetivo: Mostrar a realidade sanitária da população atendida e a importância da educação no desenvolvimento de um conhecimento sanitário básico, visando a prevenção de doenças e a promoção da saúde. Metodologia: Os dados foram coletados das fichas A e durante as visitas domiciliares realizadas com os Agentes comunitários de Saúde (ACS). Os resultados foram analisados à luz dos determinantes sociais proposto pelo modelo de Dahlgren e Whitehead. Além disso, foram realizadas reuniões com os ACS no intuito de discutir a importância da educação sanitária e realizadas orientações familiares por ocasião das visitas. Resultado: A população apresenta baixa escolaridade associada à precárias condições de saneamento; situação comprovada nas visitas domiciliares e agravada pela baixa adesão dos usuários às orientações de educação sanitária realizadas pelo serviço de saúde e pelos acadêmicos. Na comunidade, 71,4% do abastecimento de água é realizado pela rede pública e 28,6% água de poço ou nascente, sendo que 78% da população não realiza tratamento da água consumida; o descarte do esgoto em 99,79% dos casos, é feito por meio de fossas. Este quadro reflete a realidade de milhares de comunidades pelo Brasil, situação que se refletirá no aumento dos problemas de saúde pública. Conclusão: A baixa adesão das famílias às orientações recebidas sugere a necessidade de informações sobre a importância dos determinantes sociais na saúde da comunidade. Assim, a educação sanitária básica como forma de conscientizar a população, de forma crítica e participativa é fundamental para promover mudanças no conhecimento, atitudes e comportamento das pessoas frente aos problemas sanitários visando melhorar as condições diretas e indiretas da saúde das mesmas e do ambiente que as cercam.