Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A importância dos núcleos de gestão intersetorial regionais do Programa Saúde nas Escolas na melhoria das condições do acesso aos serviços saúde e qualidade de vida dos escolares.
Andrea Fernandes Lopes, Aurea Bittencourt, Caroline Castro, Daniele Mello, Kelly Costa

Resumo


A Estrutura Operacional do Programa Saúde nas Escolas do Município do Rio de Janeiro propõe a criação de um núcleo de gestão intersetorial no nível central (Grupo de Trabalho Intersetorial de Gestão do PSE – GTI) com a participação de representantes da Secretária Municipal de Saúde e Defesa Civil, da Secretaria Municipal de Educação, da Secretaria Municipal de Assistência Social. E também propõe a criação dos núcleos regionais (Núcleos Regionais Intersetoriais de Gestão da Saúde na Escola e na Creche – NSEC) com a participação de gestores e/ou profissionais das: Coordenação de Área Programática - CAP, Coordenadoria Regional de Educação - CRE, Coordenadoria de Assistência Social - CAS e outros atores. Estes núcleos intersetoriais regionais subsidiam o atendimento das diversas demandas que surgem em cada território, respeitando as especificidades e prioridades locais. A experiência do Programa de Saúde nas Escolas mostra que esses atores passaram a integrar agendas coletivas com encontros mensais e compartilhar objetivos comuns na perspectiva de trazer ganhos à comunidade escolar. Nos encontros são discutidas as necessidades locais e a programação das ações educativas de promoção da saúde a serem realizadas no ambiente escolar. Em linhas gerais, o NSEC tem como principal orientação, a idéia de racionalizar e melhorar as ações e as intervenções sociais já existentes, fortalecendo os laços da saúde, da educação, da assistência social e da sociedade civil. Além disso, percebe-se que na prática a interlocução entre os profissionais desses setores também tem facilitado o acesso dos escolares aos serviços de saúde. A articulação dos saberes técnicos dos diversos atores envolvidos tem sido importante na redução das desigualdades e melhoria da qualidade de vida de comunidades e populações vulneráveis. Afinal, muitas vezes, é preciso reconhecer a complexidade das carências e o problema das famílias em uma rede intrincada de necessidades. Neste sentido, este trabalho intersetorial tem sido capaz de enfrentar as múltiplas dimensões dos problemas sociais encontrados no contexto escolar.