Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A INSERÇÃO DO ESTUDO DA SAÚDE MENTAL PARA A FORMAÇÃO MÉDICA NO CURSO DA UNIGRANRIO
Guilherme Cesar Souto dos Santos

Resumo


Introdução: Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é definida como um bem-estar em que cada indivíduo percebe o seu próprio potencial e é capacitado a contribuir para sua vida e, ou, a de sua comunidade. No estudo Ballester e colaboradores (2005), é notável que os cursos de medicina tenham se mostrado limitados no estudo da saúde mental. Na universidade Unigranrio foi relatado por alunos e professores grande receio à abordagem integral da saúde mental dos pacientes nas atividades práticas desenvolvidas. Objetivos: Descrever a importância do estudo da Saúde Mental para a formação do médico generalista. Relacionar este estudo com o ensino no curso de Medicina da Unigranrio, demonstrando insuficiência e déficit no atendimento ao paciente. Metodologia: Primeiramente foi analisado o Ementário das disciplinas de cunho clinico da faculdade de medicina da Unigranrio para quantificar a abordagem à saúde mental, seja de forma direta ou indireta. Seguido de entrevistas semi-estruturadas para aplicar questionário aos professores coordenadores das cadeiras clinicas. As respostas avaliadas focando conceitos, comparados por palavras-chaves e opiniões sobre o aprendizado da saúde mental e a abordagem aos pacientes pelos alunos. Resultados: A análise quantitativa do ementário da faculdade de medicina da Unigranrio conclui que 16,98% das disciplinas de cunho clínico abordam diretamente a Saúde Mental, 28, 30% indiretamente e 54,71% não abordam. A pesquisa qualitativa conclui que dos cinco entrevistados, apenas um se aproximou do conceito de saúde mental divulgado pelo Ministério da Saúde, quatro afirmam que o tema é abordado em suas cadeiras, todos concordam ser importante a inserção desta no curso de medicina e afirmam que esta abordagem é insuficientemente realizada pelos alunos em suas aulas práticas. Sobre demandas contemporâneas dos pacientes, dois professores confiam na aptidão dos alunos, dois se opõem e um não se posicionou. Conclusões: Comparando as estatísticas levantadas através do ementário e as opiniões dos coordenadores das cadeiras clínicas da medicina Unigranrio, constata-se que o conteúdo da Saúde Mental deveria ser contemplado de maneira especifica e transversal em diferentes momentos nos fluxos precedentes ao Programa Internato, objetivando capacitar os alunos a atenderem as demandas dos pacientes das aulas práticas. Palavras-chave: saúde mental; formação; medicina; universidade Unigranrio.