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O papel do Farmacêutico Clínico em instituições do SUS ainda é muito incipiente. Dificilmente um farmacêutico é encontrado dialogando com os demais profissionais de saúde sobre a farmacoterapia mais adequada para o usuário do sistema, apesar de tal profissional deter em suas mãos conhecimentos específicos sobre medicação, tais como: vias de administração, posologia, interações medicamentosas e reações adversas. Através da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (RIMS), tal profissional tem a liberdade de interagir com médicos, enfermeiros, nutiricionistas, dentre outras áreas, e auxiliar no tratamento farmacológico mais adequado para o indivíduo que esteja precisando. Ao longo do primeiro ano da RIMS em um hospital universitário do Rio de Janeiro, o farmacêutico teve a possibilidade de estar próximo as enfermarias e conversar não somente com outros profissionais mas também com o usuário, onde houve troca de informações e ganho de conhecimento, saindo de sua área predominantemente tecnicista e inserindo-se de fato na área de saúde. Um dos exemplos da presença do farmacêutico nas enfermarias foi através da ronda realizada junto com parte da equipe de cuidados paliativos da instituição, na qual farmacêuticos residentes e médicos de especialidades como geriatria e endocrinologia discutiam os casos a serem tratados e a farmacoterapia utilizada pelos pacientes, sendo um grande aprendizado de conhecimentos teóricos, práticos e de convivência. Dessa maneira foi possível notar como a prática da Farmácia Clínica pode aumentar a qualidade em saúde, pois amplia a visão sobre o paciente, e como a troca de saberes pode acrescentar conhecimentos tanto para o próprio farmacêutico quanto para as demais áreas, quebrando barreiras entre os profissionais de saúde