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RESUMO: Este estudo apresenta a experiência do trabalho de Ouvidoria em Saúde, atinente ao conjunto de servidores/as da Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente da Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará, que envolve um contingente de 310 profissionais. Demonstra como o espaço de Ouvidoria está sendo utilizado para envolver e motivar o conjunto de servidores/as no desenvolvimento de um projeto político pedagógico de Ouvidoria e humanização das relações de trabalho. Apresenta também, os procedimentos de acolhimento, escuta e diálogo que são utilizados para enfrentamento dos problemas cotidianos, bem como, o desenvolvimento de processos educativos que objetivam a formação, informação, valorização e o empoderamento. Analisa as relações de trabalho existentes, considerando o micro e o macro espaço de vivências no contexto institucional, assim como também, os relacionamentos humanos e a subjetividade dos sujeitos profissionais de saúde. Estabelece o nexo comparativo entre o preceituado legalmente e a realidade de trabalho existente, demonstrando que a execução do labor profissional é realizada em condições adversa aos preceitos de humanização e que a precarização das relações de trabalho contribui sobremaneira para desmotivação e adoecimento de trabalhadores/as. Com base nos aportes teóricos de FREIRE, GADOTTI e CECCIM, reflete sobre as práticas pedagógicas que estão sendo desenvolvidas para motivar e agregar o conjunto de servidores/as, apresentando as mudanças qualitativas alcançadas, concluindo que as dificuldades no trabalho em saúde são subjacentes ao modelo de gestão e às condições de trabalho, sendo fundamentais investimentos na criação de instrumentos técnicos de suporte aos profissionais para lhes possibilitar fortalecimento e resiliência diante das adversidades inerentes ao cotidiano do trabalho. PALAVRAS-CHAVE: escuta, diálogo, humanização, empoderamento, trabalho, educação em saúde.