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Denomina-se gengivite a inflamação da gengiva que contorna os dentes. As características clínicas principais são sangramento da margem gengival ao escovar os dentes ou espontaneamente, vermelhidão, edema e mudança de textura (flacidez) da gengiva. A causa principal é o acúmulo demasiado de bactérias (biofilme) entre a gengiva e o dente. Se a gengivite persistir por longos períodos, meses ou anos, poderá evoluir para uma periodontite crônica que tem como principal dano a perda de suporte dos dentes, podendo evoluir até para a perda dos dentes. Para evitar a gengivite, pressupõe-se a correta escovação dos dentes e gengivas e uso do fio dental pelo menos uma vez ao dia. Os dados dos 19 levantamentos epidemiológicos realizados nos últimos 10 anos no Brasil mostraram que entre os 9.407 indivíduos examinados a prevalência média de doença (gengival ou periodontal) foi de 91,4%, sendo que a maioria dos indivíduos examinados apresentava idade menor que 20 anos de idade (mais de 95,0 % do total). Estudos na literatura observaram também que, independentemente das condições socioeconômicas, praticamente 90% das crianças na faixa etária de 7 a 14 anos apresentam algum sinal de inflamação gengival. O objetivo deste trabalho é apresentar a prevalência da gengivite em crianças nesta faixa etária no Brasil e apresentar práticas e iniciativas que são utilizadas em outros estados como forma de incentivar crianças e adolescentes para realizar não só de uma correta escovação como usar com mais frequência o fio dental em casa e nas escolas.