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INTRODUÇÃO A reabilitação psicossocial envolve a construção de autonomia, liberdade e cidadania, preceitos que possibilitam ao sujeito vivenciar um novo lugar no mundo. Nesta perspectiva, acredita-se que a alta é uma etapa do processo de reabilitação e, portanto, deve ser contemplada no plano de tratamento de cada cliente em sofrimento mental. Para a construção da alta atuam diversos atores: família, comunidade e rede de serviços; o vínculo e o próprio cliente. Discutir a alta é de extrema importância para evitar a institucionalização de clientes no CAPS, ou seja, para evitar que pessoas se tornem dependentes do tratamento recebido mesmo quando o sofrimento psíquico já não justifica a manutenção no CAPS.OBJETIVOS Entender como o CAPS Espaço Aberto ao Tempo conduz a alta de seus clientes.MÉTODO Pesquisa qualitativa, através da metodologia de observação participante, e levantamento bibliográfico acerca do tema. A pesquisa ocorreu respeitando as seguintes etapas: 1ª) Aproximação do pesquisador com o grupo. 2ª) Tentativa de compreender a visão da equipe sobre o problema estudado. 3ª) Consiste em organizar os dados e confrontá-los ao material pesquisado.RESULTADOS No que diz respeito ao vínculo, tem-se a dificuldade de permitir um continuum de cuidados sem romper o vínculo com o serviço. Junto à família, há a preocupação de estabelecer contatos e vínculos, para assim tê-la parceira. Quanto ao território, a construção de rede é dificultada por estar localizado dentro do Instituto Municipal Nise da Silveira, isolando o serviço do cotidiano da comunidade. Sobre a rede de serviços, o trabalho conjunto EAT-PSF iniciou-se há pouco tempo e desta forma ainda existem dificuldades a serem transpostas, como o desconhecimento da equipe do PSF no tratamento e avaliação de transtornos em saúde mental, e o desconhecimento de como manejar clientes vindos do CAPS.CONCLUSÃO Para a equipe do serviço há discordância dos métodos pelos quais a alta deva ser executada. Organizar os procedimentos, buscar rede, articular o território e ter a alta como objetivo geral corre o risco de estar sempre com o papel de tutor da vida do cliente; por outro lado permitir que a demanda da alta venha do cliente e assim procurar ações para atender este pedido, gera o risco de deixá-lo preso ao serviço, por não executar uma das funções inerentes à equipe, a de apontar novos caminhos e proporcionar novas experiências e escolhas.