Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A relação entre adoecimento e processo de trabalho: um estudo com as professoras da Educação Infantil de uma cidade de porte médio
Maria de Fatima Duarte Martins, Cristiann Weismann Matos, Jarbas Santos Vieira, José Roberto de Oliveira Feijó, Vanessa Bugs

Resumo


Os primeiros estudos sobre a saúde e trabalho docente no Brasil tiveram início da década de noventa, mais especificamente quando se elevou consideravelmente a prevalência de problemas de saúde nas professoras e professores o que ocasionou o aumento das solicitações de licenças de saúde, e o absenteísmo, que geraram problemas nas escolas e insatisfação na profissão docente. Um estudo sobre a relação entre o processo de trabalho e a saúde dos professores da Rede Municipal realizado na cidade de Pelotas no ano de 2008 apontou que as professoras da Educação Infantil foram as que mais solicitaram licenças para tratamento de problemas de saúde (Vieira et.al 2010). No ano de 2010 foi realizado um novo estudo para essa população específica. As professoras em exercício do magistério infantil formaram o grupo do estudo. Os dados sobre as licenças de saúde foram fornecidos pela Biometria Médica, para analisar as repercussões do trabalho sobre a estrutura psíquica e orgânica das professoras foi utilizado o Job content questionnaire (JCQ). Participaram da pesquisa 196 professoras, alguns dos resultados preliminares demonstraram que 99% são do sexo feminino, os transtornos mentais estão entre as doenças que mais levaram ao afastamento da sala de aula, a idade média das professoras é de 38 anos de idade. A relação entre o controle que a professora tem sobre o seu trabalho e a repercussão sobre sua saúde ainda está em análise. O estudo tem o financiamento do CNPq e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e as recomendações da Resolução n.196/96 foram criteriosamente seguidas.Palavras chaves: saúde do professor, educação infantil, trabalho