Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Ações educativas junto a estudantes de Uruguaiana/RS visando à prevenção do câncer de pele e a promoção ao uso de fotoprotetores
Luana Roberta Michels, Sandra Elisa Haas, Kélle Velasques Pereira

Resumo


A lesão mais grave causada pelo sol é o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, é a neoplasia de maior incidência no Brasil, correspondendo a 26% do total de casos de câncer. Nesse sentido, a UNIPAMPA-Uruguaiana criou este projeto de extensão a fim de desenvolver estratégias de prevenção do câncer de pele e adoção da utilização de fotoprotetores em adolescentes de escolas de Uruguaiana/RS. Inicialmente aplicou-se um questionário totalizando 21 questões, a 70 estudantes de 6ª e 7ª séries de duas escolas. Realizou-se uma palestra para os alunos abordando os principais temas de fotoproteção e demonstrações sobre a forma correta de passar filtro solar. Na segunda intervenção, jogos educativos reiterando o tema de fotoproteção foram distribuídos. Posteriormente, o questionário foi reaplicado e analisado. Alguns resultados obtidos geram grande preocupação, pois 40% das crianças afirmaram já terem apresentado queimadura após exposição solar. Previamente às intervenções realizadas, apenas 35,7% das crianças responderam utilizar protetor solar diariamente. Após as intervenções, esse número aumentou para 52,9%. Com relação aos conhecimentos sobre os horários mais adequados para a exposição solar, apenas 47,1% das crianças responderam sabê-los, sendo que destes, apenas 24,2% responderam corretamente quais os horários mais indicados. Após as intervenções, esse número aumentou para 81,4%, sendo que destes, 63,2% responderam corretamente. Quanto ao conhecimento dos danos relacionados ao câncer de pele, apenas 32,5% consideram que manchas na pele que mudam de tamanho ou cor sejam um dos sintomas de câncer de pele, e apenas 15,7% das crianças consideram pintas na pele que coçam ou sangram um sintoma. Após as intervenções, 71,4% passaram a considerar manchas na pele que mudam de tamanho ou cor, e ainda 41,4% responderam que pintas na pele que coçam ou sangram é um indício da doença. Houve diminuição no número de crianças que previamente responderam não utilizar quaisquer formas de proteção ao se exporem ao sol, sendo que de 32,8%, diminuiu para apenas 7,1%. Constatou-se que as intervenções realizadas foram de grande ajuda, pois propiciaram um grande conhecimento aos alunos sobre fotoproteção. Grande parte dos alunos mostrou uma melhora nos hábitos em relação à proteção solar diária e também quanto aos conhecimentos sobre os danos relacionados à exposição solar e os meios de proteção necessários, demonstrando a necessidade das intervenções realizadas.