Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL: UM DESAFIO ÀS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO
Marina Bento Carneiro Nhamba

Resumo


INTRODUÇÃO: O atual aumento da longevidade das populações nos países desenvolvidos e em via de desenvolvimento justifica a importância da implementação de políticas públicas com vista a melhoria da qualidade de vida do idoso. As estimativas da população brasileira a médio e longo prazo apontam para uma transição demográfica exponencial, gerando diversas e profundas reflexões. OBJETIVO: Pretende-se com o presente trabalho contextualizar a importância da qualificação dos profissionais de saúde para o melhor atendimento deste grupo de indivíduos. MÉTODO: Trata-se de um estudo de revisão de literatura utilizando como descritores: Idoso e Politicas Públicas. Utilizou-se as bases de dados HINARI, Scielo e PUbmed/MEDLINE e impressos. RESULTADOS: A longevidade é hoje um fato incontestável no Brasil, que tende a inversão da pirâmide populacional. Segundo o IBGE a estimativa do censo de 2010 foi de pouco mais de 19,2 milhões de indivíduos com 60 anos e mais e até ao ano 2025, poderá ocupar o sexto lugar da população de idosos do planeta com 31,8 milhões. Porém, este envelhecimento tem sido associado a incapacidades progressivas nas atividades funcionais. Este acelerado ritmo cria novos desafios para as políticas públicas e específicamente para o sector da saúde. Face a esta realidade, a Portaria nº 399/GM, de Fevereiro de 2006 estabelece diretrizes do Pacto pela Saúde no qual a saúde do idoso é uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas governamentais. Em outubro de 2006, a Portaria nº 2.528/GM regulamenta a Política Nacional de Saúde do Idoso, promulgada em 1994, que define a Atenção Básica/Saúde da Família como entrada para a atenção na saúde da população idosa brasileira. As ações previstas na Atenção Básica para Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa devem ser realizadas pela Equipe de Saúde da Família, capacitada neste atendimento, para que cada profissional desenvolva suas atribuições de forma humanizada, promovendo a recuperação, autonomia e a independência destes indivíduos, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. CONCLUSÕES: A transição demográfica é uma realidade incontestável, o que demanda uma resposta política e social à proporção de seu impacto na qualidade de vida dos idosos e suas famílias. Assim, torna-se imperioso, medidas que promovam serviços especializados nas estruturas físicas, serviços e recursos humanos especializados para a assistência da pessoa idosa, respondendo ao preconizado pela legislação vigente.