Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A Visita Domiciliar potencializando ações interdisciplinares e projetos terapêuticos singulares.
Vinicius Alexandre Oliveira, Christiane Cardoso do Nascimento, Luana Gabrielle de França Ferreira, Érica Diana do Nascimento, Laís Carvalho de Sá, Valéria Alcântara Barbosa

Resumo


INTRODUÇÃO: A visita domiciliar tem se configurado como importante auxiliar para o diagnóstico situacional de famílias, especialmente em comunidade que vivem em condições de vulnerabilidade social, reforçando a vigilância em saúde, a promoção da saúde e a operacionalização de projetos terapêuticos singulares. Efetuada por profissionais da equipe matricial, na perspectiva do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), permite suporte à Estratégia Saúde da Família (ESF) perante problemas complexos que excedem a capacidade interventiva desta. OBJETIVO: Fomentar ações interdisciplinares e projetos terapêuticos singulares a partir de realização de visita domiciliares. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: O período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011 marcou o momento de aproximação da equipe multiprofissional de Residentes em Saúde da Família, da Universidade Estadual do Piauí, com o território de atuação. Para tanto, desenvolveram-se visitas domiciliares, em residências previamente indicadas, pelas Equipes de Saúde da Família (EqSF) da Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Bandeirantes, situada na zona leste de Teresina-Piauí. Após seleção dos casos a serem acompanhados, deu-se início ao apoio matricial dos mesmos, em paralelo ao cuidado da estratégia Saúde da Família. Inicialmente, as Residentes apresentaram a proposta às EqSF, recebendo destas concordância para realizar a prática e colaboração dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para o levantamento dos casos prioritários para atenção. RESULTADOS: As visitas domiciliares permitiram, entre outros: identificar necessidades específicas em saúde particulares de diferentes grupos familiares; elaborar projetos terapêuticos singulares aos sujeitos e familiares; operacionalizar ações de promoção da saúde; praticar interdisciplinaridade e co-responsabilidade no trabalho em equipe de saúde; valorizar a integralidade e intersubjetividade; estabelecer vínculos entre Residentes e usuários; fortalecer vínculos entre Residentes e EqSF e entre ESF e usuários; contribuir para o incremento da aprendizagem em serviço-comunidade das Residentes. CONCLUSÕES: A construção de projetos terapêuticos singulares tem implicado na reestruturação das estratégias de intervenção junto a grupos familiares, implicando em uma mudança na lógica do modo de intervir sobre o processo saúde-doença-cuidado, que valoriza múltiplos saberes.