Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Abordagem a fatores de risco associado a pratica sexual em profissionais do sexo em um bairro no Municipio de Santos/SP
Fatima Aparecida Ferreira Teixeira de Carvalho, Ana Paula Souza Soares, Marlene Valdice Silva, Ysabely Aguiar Pontes Pamplona, Ana Carolina Ferreira Teixeira Carvalho, Cristiane Santiago Natário Branco, Aline Agondi Carreira

Resumo


Introdução: Segundo Moura et al (2010), atualmente, sabe-se que um dos métodos mais eficazes para a prevenção das DST, é o preservativo, desde que seja utilizado de forma adequada e em todas as relações sexuais. Mas na prática, a história é diferente, pois para a profissional do sexo e o cliente aderirem ao preservativo, é indispensável conhecimentos sobre a sua importância e técnica correta de utilização. Objetivo: Este estudo teve por objetivo estimar a freqüência de doenças sexualmente transmissíveis entre mulheres profissionais do sexo no Centro de Santos/SP e analisar os fatores de riscos quanto às práticas sexuais desprotegidas. Método: O estudo foi descritivo, exploratório com abordagem quantitativa, baseando-se em pesquisa de campo com 30 profissionais do sexo, em seus locais de trabalho nas ruas do Centro de Santos, em Setembro de 2011. Foi aplicado um questionário estruturado com perguntas fechadas. Considera-se que a maior parte delas está exercendo esta atividade em um período maior de 10 anos, demonstrando longa permanência na prostituição, e a idade das participantes variou entre 18 e até mais de 40 anos, com predominância das faixas etárias mais jovens, ou seja, entre 18 e 30 anos. Resultado: A pesquisa mostrou a necessidade financeira como opção de prostituição, associadas à baixa escolaridade, sendo, que a média de anos de estudo não completou o Ensino Fundamental. Mostrou que essas mulheres possuem um relacionamento estável fora do local de trabalho, e não usam preservativo com o companheiro. Os índices de uso de álcool, tabaco e drogas foram elevados. O uso esporádico do preservativo foi maior no sexo oral, comparando ao sexo vaginal e anal. Ressalta que a grande maioria dos clientes das entrevistadas pressiona para dispensar o uso do preservativo, sendo que as mesmas submetem-se a pressão. E a metade delas possui ou já possuíram alguma DST. Que nunca foram orientadas sobre transmissão e prevenção das DST; e não vão regularmente a um ginecologista. Conclusão: Esses resultados apontam a necessidade de intervenção para reduzir a transmissão das DST, garantir o acesso aos serviços de saúde e ações para a proliferação de informações sobre práticas de sexo seguro entre as profissionais do sexo.