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O presente relato de experiência diz respeito ao contexto de redução de danos, uma contribuição da Clínica de Saúde da Família Marcos Valadão em Acari. Trata-se de uma abordagem de uma família e até onde pode chegar. Referimos-nos a família “X” composta de mãe de meia idade usuária de cocaína e álcool que se prostitui em uma área próxima ao Território, ex detenta. Esta é responsável por quatro crianças em abandono intelectual e subnutridas. Foram realizadas constantes visitas domiciliares a essa família apenas focando o Vínculo. Concomitantemente foram promovidos pro parte da Prefeitura do Rio de Janeiro encontros sobre redução de danos entre os profissionais interessados. Vínculo fortalecido, demandas curativas e preventivas iniciadas. O ponto que estamos hoje é a família acordando para almoçar, agregando três refeições e revertendo o quadro de subnutrição, todos os cinco tem certidões novas e já estão, os cinco, matriculados na escola para primeiro semestre de 2012. Hoje a demanda que essa chefe de família me traz é outra, colegas de trabalho, profissionais do sexo. Redução de danos para profissionais do sexo, trabalho iniciado na época do curso da Prefeitura, mas lá era o centro da cidade, lá havia essa demanda. Mas agora em Acari essa demanda se levantou. Estão envolvidos nesse projeto a chefe de família que falamos, atuando ela como uma Redutora de Danos, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, e dois agentes comunitários de saúde. Frente a esse novo projeto algumas questões precisam ser colocadas: como os familiares delas, nem todas são cadastradas, o que fazer com essa demanda que inicialmente não estava nos planos? Como ficam as metas por produtividade e não por indicadores? E acima de tudo, se o vínculo com a Chefe de família é forte o suficiente para encarar essa nova empreitada?