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Introdução: A acessibilidade abrange a relação entre a localização da oferta do atendimento à saúde e os usuários, considerando, por exemplo, os recursos existentes para o transporte, o tempo e distância de deslocamento e os custos. O acompanhamento do paciente com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é realizado pela Equipe de Saúde da Família (ESF) através da Unidade Básica Saúde (UBS) mais próxima favorecendo a acessibilidade e facilitando o atendimento. Objetivo: O estudo tem por objetivo analisar a acessibilidade do usuário hipertenso ao sistema de saúde. Metodologia: Estudo transversal realizado no período de maio a agosto de 2010 em quatro UBS no município de Fortaleza-CE. A população constou de 400 usuários cadastrados no programa Hiperdia. As informações foram coletadas através de um formulário estruturado e compiladas através do programa Statistis Package for Social Science. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Fortaleza (CEP 215/19). Resultados: Os resultados mostraram predominância do sexo feminino 269 (84,5%) e maior frequência de idosos 217 (55,6%). A acessibilidade do usuário hipertenso através da referência ocorreu na atenção secundária em 47,2%, destes 101 (25,2%) eram encaminhados para as Unidades de Emergência e 88 (22,0%) para Unidades de Internação. Quanto à atenção terciária, 104 (26,0%) eram encaminhados para Unidades de Emergência e 188 (47,0%) para Unidades de Internação. Na maioria dos casos, a referência era causada por complicações agudas ou crônicas agudizadas associadas à hipertensão arterial sistêmica. Todavia, a contra-referência para a UBS de origem era inferior, numa variação de 30,6% a 77,7%, com predomínio na atenção secundária. Observamos também que 212 (53,0%) usuários hipertensos procuravam as instituições de saúde por iniciativa própria e através da indicação de outras pessoas como: líderes comunitários e familiares. Conclusão: Os dados revelaram a necessidade da elaboração de estratégias que possibilitem uma maior acessibilidade do cliente ao serviço de saúde, respeitando os princípios do sistema único de saúde e contribuindo, dessa forma, para a adesão destes às condutas de manutenção, promoção da saúde e prevenção/controle de agravos reduzindo os atendimentos em instituições de alta e média complexidade.