Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ATIVIDADES EDUCATIVAS COM CRIANÇAS NA PREVENÇÃO DO TABAGISMO: Relato de Experiência
Ana Paula Medeiros Pereira, Paula Peixoto Messias, Flávia Jôse Alves, Nádia Maurício Matos

Resumo


Caracterização do problema: O tabagismo é a maior causa evitável de morte por doenças crônicas não-transmissíveis. Apesar disso, cresce o número de fumantes no mundo. Estudos têm mostrado que os adolescentes são o grupo de maior risco para o uso do tabaco. Atualmente, um terço da população mundial de 15 anos ou mais é fumante e cerca de 90% dos fumantes adultos tornaram-se dependentes da nicotina até os 19 anos. Os programas educacionais para o controle do tabagismo têm a escola como principal foco de atuação, tornando-se mais efetivos quando as intervenções empregam técnicas ajustadas aos interesses e às motivações dos jovens. Nesse sentido, torna-se extremamente importante a realização de trabalho educativo nas escolas tratando do assunto do tabagismo com uma linguagem que envolva esses jovens na discussão dessa temática. Descrição da experiência: A atividade ocorreu em parceria com o Grupo de Cessação de Tabagismo do Complexo Comunitário Vida Plena (CCVP) e uma escola situada no distrito sanitário de Pau da Lima (Salvador/BA). Foram realizadas atividades periódicas com a participação de residentes em saúde da família e internos de medicina do quinto ano, preocupando-se com utilização de metodologias lúdicas e com linguagem acessível. A idade das crianças variou de 7 a 14 anos, ocorrendo uma seleção aleatória, de acordo com o horário disponível da escola. O conteúdo trabalhado abordou aspectos relativos aos malefícios do cigarro, prevenção do início do tabagismo, proteção do tabagismo passivo e informações sobre o grupo de cessação do tabagismo do CCVP. Nos debates, foi frequente, por parte das crianças, a menção a drogas ilícitas quando questionados sobre o tema do tabagismo. Efeitos alcançados: A partir da intervenção, pôde-se perceber que as crianças foram abertas a discussão do tema, participativas e trouxeram aspectos da realidade cotidiana que contribuíram para o debate. Recomendações: Ao realizar atividades com crianças, deve-se adequar a metodologia e a linguagem, sendo mais atrativa para esse público, preocupando-se com a abordagem de outros assuntos que possam surgir, tal como drogas ilícitas. Além disso, torna-se imprescindível a atuação intersetorial entre serviços de saúde e escolas e, no ambiente escolar, é importante o envolvimento dos diversos atores (professores, diretores, pais) para aumentar eficácia da ação.