Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO EM ODONTOLOGIA NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE
Caroline Silva Fernandes, Tamara Maria Souza Moura, Ana Paula Oliveira Fernandes

Resumo


Introdução: O acolhimento consiste na abertura dos serviços para a demanda, facilitando os processos de trabalho em saúde, de forma a atender a todos, assumindo o serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários. Além disso, surge a oportunidade de se fazer uma classificação de risco, a qual consiste em hierarquizar o risco e a vulnerabilidade do paciente quanto ao sofrimento físico e psicológico do mesmo. Estas ações são fundamentais na atenção básica, pois é o primeiro contato do profissional com o paciente, o momento em que há o diálogo e uma possível criação de vínculo. Na odontologia, como em outras áreas da saúde, este momento é de suma importância, tanto para o profissional quanto para o paciente, pois além da criação do vínculo entre ambos, é a oportunidade do profissional conseguir informações importantes, as quais poderiam ser omitidas durante a anamnese, porém reveladas de forma indireta durante uma conversa. A prática do acolhimento com a classificação de risco nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), é de grande relevância para a obtenção de atendimentos com uma maior resolutividade e satisfação dos usuários. Porém, tal pratica não é realizada em odontologia na maioria das UBSs, nas quais utilizam o atendimento por demanda e ordem de chegada, prejudicando um bom e adequado atendimento. Objetivo: Propor o acolhimento em odontologia, em que o paciente seja classificado conforme as suas necessidades de atendimento. Metodologia: Pesquisa bibliográfica sobre acolhimento, atenção básica e odontologia com intuito de responder a questão norteadora: Como é feita. Discussão: Os artigos analisados sobre acolhimento na atenção básica evidenciam a importância do tema. Observou-se que o temática específica do trabalho ainda é pouco estudada. O atendimento por ordem de chegada atende a todos, mas acaba não priorizando os pacientes mais vulneráveis ao risco. Uma forma de mudar tal realidade, seria durante o acolhimento realizar um exame clínico classificando os pacientes de acordo com o grau de necessidade. Um exemplo a ser seguido é o método adotado pelo Centro de Saúde da Família (CSF) Francisco Melo Jaborandi em parceria com o curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza(UNIFOR), o qual dividiu o acolhimento em três etapas: Primeira Etapa: È de caráter educativo, a qual busca promover saúde, através de palestras, orientação e conscientização. A qual também é realizada, durante a espera do paciente pelo atendimento. Tal etapa pode ser realizada de forma multiprofissional. Segunda Etapa: Consiste na realização do exame clínico, onde o profissional avaliará o paciente individualmente e o classificará de acordo com suas necessidades, enquadrando-o em uma classificação de risco. Na realização da segunda etapa, o momento em que será feita a classificação de risco, os variáveis graus devem atender as necessidades prioritárias da população a ser atingida. Terceira Etapa: É o momento do agendamento, de acordo com a classificação de risco já realizada, ou referenciado para Centro de Especializações Odontológica (CEO). Conclusão: O acolhimento com a aplicação da escala de classificações de risco, é possível obter uma organização nos atendimentos, tornando-os mais rápidos para os que necessitam de urgência, ou seja, adequando o atendimento às necessidades de cada paciente,assim obtendo uma maior resolutivade, proporcionando a priorização da atenção e não o atendimento por ordem de chegada. Afastando-se do conceito tradicional de triagem e suas práticas de exclusão, já que todos serão atendidos.