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A amamentação proporciona inúmeros benefícios como a prevenção de alterações da motricidade orofacial. Portanto este estudo objetivou identificar fatores de influência na decisão materna pela utilização de bicos artificiais em crianças amamentadas, através da pesquisa qualitativa de caráter exploratório. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semi-estruturada, com a finalidade de explorar o campo das significações e experiências com a amamentação, aplicada em mães de crianças menores de 6 meses de idade da área adscrita à duas Unidades de Saúde da Família do município do Rio de Janeiro. Os resultados indicaram que os aspectos socioeconômicos não foram relevantes na decisão pelo uso de chupetas e mamadeiras; todas as mulheres receberam alguma orientação, incentivo e apoio para amamentarem no período perinatal; onze mulheres se encontravam em AME, porém onze fazem uso de chupeta, como alternativa para acalmar o bebê, indicados pela mãe, sogra ou avó; doze entrevistadas compraram ou ganharam mamadeiras e chupetas no pré-natal. Embora grande parte não trabalhe fora, algumas justificaram o uso da mamadeira devido ao retorno ao trabalho. Em relação à história com a amamentação, treze mães tiveram experiência anterior e quatorze sabiam se tinham sido amamentadas ou não. Quanto ao contexto familiar e comunitário, dezoito entrevistadas disseram que receberam incentivos dos companheiros e quatorze, de outras pessoas. Tais resultados demonstram que, embora tenhamos bons índices de AME, ainda persiste o hábito do uso de bicos artificiais em crianças amamentadas, em especial a chupeta, devido ao baixo conhecimento sobre os riscos do uso desses artefatos para o desmame e para a saúde do bebê e as questões culturais que envolvem e estimulam a sua utilização.Palavras-chave: amamentação exclusiva; bicos artificiais; riscos para o desmame.