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A Clínica Universitária Regional de Educação e Saúde (CURES) do Centro Universitário UNIVATES – Lajeado/RS, foi constituída a partir da necessidade de colocar em prática mudanças na formação em saúde, comprometida com os princípios e diretrizes do SUS. O serviço está integrado à rede de cuidados em saúde de três pequenos municípios da região e iniciou suas atividades em março de 2011. Este serviço-escola tem como objetivo qualificar a formação de profissionais e estudantes da área da saúde, oportunizando experiências pautadas na integralidade da atenção, por meio do trabalho em equipes multiprofissionais, aliando diferentes saberes na reorganização da formação em saúde, por meio de vivências inter e transdisciplinares. Neste sentido, entende-se que a integralidade da atenção em saúde, refere-se à capacidade de enxergar e pensar a pessoa/usuário como um todo singular inserido num coletivo, a partir do processo de democratização do trabalho, na organização dos serviços e da horizontalização de saberes. Os cursos envolvidos até o momento são Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia, com a participação de estudantes, sob a orientação dos docentes, na realização de estágios curriculares e não curriculares, constituindo redes locorregionais de atenção à saúde, de formação, de gestão colaborativa e de interação ensino-serviço. As atividades iniciaram com a elaboração coletiva da Análise de Situação de Saúde dos municípios conveniados e das ferramentas de organização do serviço-escola, tais como: documentos de referência e contra-referência, prontuário único e fluxos das ações de cuidado: acolhimento, avaliação, interação com as equipes, plano terapêutico singular, projetos de intervenção e matriciamento das equipes da rede dos municípios parceiros. Todos os processos são analisados, buscando contemplar as concepções de integralidade, intersetorialidade e interdisciplinaridade, considerando o usuário como o centro das ações. Entre os resultados obtidos, constatamos maior interlocução entre estudantes, docentes as equipes dos municípios; ativação de redes que não estavam constituídas entre os serviços municipais e a potência na formação de docentes e estudantes. A permanente problematização, com a participação de todos os atores, como protagonistas, é condição para seguirmos na construção da mudança.