Tamanho da fonte:
ANÁLISE DAS SUB-NOTIFICAÇÕES QUANTO A HISTÓRIA CLÍNICA, EXAME FÍSICO E EXAMES LABORATORIAIS EM PRONTUÁRIOS DE GESTANTES ASSISTIDAS PELO PRÉ-NATAL EM UBS´S DE CAXIAS-MA
Resumo
INTRODUÇÃO: A cobertura da assistência pré-natal no Brasil ainda é baixa, apesar de vir aumentando nas últimas décadas. Na região Nordeste, o Maranhão é um dos estados onde o percentual de mulheres que não realizam pré-natal é mais elevado. Na primeira consulta deve ser realizada anamnese, abordando aspectos epidemiológicos, além dos antecedentes familiares, pessoais, ginecológicos e obstétricos e a situação da gravidez atual. O exame físico deverá ser completo, constando avaliação de cabeça e pescoço, tórax, abdômen, membros e inspeção de pele e mucosas, seguido por exame ginecológico e obstétrico. É critério fundamental para o acompanhamento pré-natal a solicitação dos seguintes exames: grupo sangüíneo e fator Rh, sorologia para sífilis (VDRL), urina tipo I, hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht), glicemia de jejum, teste anti-HIV com aconselhamento pré-teste e consentimento da mulher, IgM para toxoplasmose, sorologia para hepatite B (HBsAg), colpocitologia oncótica (se necessário).Em cada consulta, deve-se reavaliar o risco obstétrico e perinatal. OBJETIVOS: Avaliar a qualidade da assistência pré-natal, identificar os problemas de saúde da população-alvo e o desempenho do serviço a fim de propor mudança de estratégia e melhorar a assistência pré-natal. RESULTADOS: Dos 45 prontuários analisados, observou-se sub-notificação quanto à história clínica (HDA, antecedentes mórbidos pessoais, familiares e/ou gineco obstétricos) em média de 60,5%, chegando a 95,6% na HDA e 88,9% nos AMP. Em relação ao exame físico (mamas, toque vaginal,exame especular, peso, P.A e/ou AFU) a taxa média de sub-notificação atinge 51,85% e quanto aos exames laboratoriais e de imagem(grupo sanguíneo,VDRL, sumário de urina,HBV, USG) essa porcentagem chega a 56,86%, sendo ausente os dados de HBV em 84,4% e de USG em 95,6%. CONCLUSÃO: A deficiência de uma história clínica, de exame físico e exames laboratoriais resulta em um pré-natal de risco tanto para as gestantes quanto para fetos por não serem tomadas as medidas profiláticas necessárias. Além de contribuírem para ocorrência de um grande número de partos cesáreos devido o desconhecimento das características materno-obstétricas.