Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Concepções dos discentes sobre metodologias ativas de ensino-aprendizagem nos cursos da área de saúde: uma experiência da Universidade Federal de Sergipe.
Ariane Machado Palma do Prado, Waldez Cavalcante Bezerra

Resumo


Introdução: Trata-se de estudo de caso sobre uma inovação proposta no âmbito do ensino das ciências da saúde no Campus Universitário Prof. Antônio Garcia Filho da Universidade Federal de Sergipe, cuja relevância se evidencia na utilização de metodologias ativas de aprendizagem no ensino de 06 graduações: Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Farmácia e Nutrição. Objetivo: Identificar as potencialidades e limites do método adotado no alcance dos objetivos propostos no programa da subunidade curricular Abrangências das Ações de Saúde na percepção dos discentes. Método: Análise de fichas de avaliação preenchidas ao término da subunidade curricular Abrangências das Ações de Saúde pelos estudantes de 06 graduações da área de saúde que a cursaram no primeiro semestre de 2011. Esta ficha avalia 05 aspectos: conteúdo, organização, sistema de avaliação, recursos materiais e humanos. Resultados e Conclusão: A subunidade curricular compreende sessões de tutoria, estudos autônomos e palestras que estimulam a autonomia na aprendizagem e atitude crítica e reflexiva nos discentes. O método de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) tem estimulado a busca do conhecimento por parte dos discentes, tendo o docente como facilitador do processo de aprendizagem. Diante da proposta desafiadora de renovar as metodologias de ensino e orientar a prática nessa perspectiva, consideramos imprescindível a avaliação do processo de ensino-aprendizagem. Deste modo, o presente estudo traz uma avaliação dos discentes sobre o desenvolvimento da referida subunidade evidenciando que a ABP, além das potências supracitadas, impõe uma série de desafios para a instituição e todos os atores envolvidos na formação profissional. No que diz respeito à instituição, destaca-se a necessidade de maior disponibilidade de recursos materiais e humanos; quanto aos docentes, os desafios relacionam-se principalmente à integração dos conteúdos disciplinares em temáticas interdisciplinares e o trabalho em equipe; e quanto aos discentes, as dificuldades relatadas referem-se à adaptação ao método, à exigência de maior disponibilidade de tempo para estudo e à aquisição de habilidades comunicativas. Sendo assim, ressaltamos que a implementação de um currículo integrado nos cursos de saúde, baseado em metodologias ativas, exige um esforço compartilhado entre universidade, docentes e discentes na busca por uma formação crítica, humanista e em sintonia com as políticas de saúde brasileiras.