Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Análise do conhecimento de profissionais de saúde sobre o cuidado humanizado e acolhimento em ala pediátrica de um Hospital Público de Campo Grande/MS
Talita Abi Rios, Karina Ayumi Martins Utida, Vinicius Santos Sanches, Janainny Magalhães Fernandes, Laís Alves de Souza, Leila Simone Foerster Merey

Resumo


Introdução: Nas instituições hospitalares públicas tem-se discutido a humanização da assistência, onde o indivíduo hospitalizado deve ser atendido em um conceito ampliado de saúde. Logo, faz-se necessário que o profissional tenha amplo conhecimento sobre o conceito de atendimento humanizado, preconizado pela Política Nacional de Humanização, principalmente quando se trata de um acontecimento na vida de uma criança, pois implica na mudança de rotina de toda a família. Objetivos: Investigar a percepção dos profissionais atuantes em ala pediátrica acerca de conceitos como atendimento humanizado e acolhimento e avaliar a visão destes quanto às práticas de atendimento individual e coletivo. Método: Aplicou-se um questionário a 26 profissionais da ala pediátrica de um Hospital Universitário de Campo Grande-MS, sobre a percepção do atendimento humanizado e acolhimento. Os resultados foram avaliados por percentual de citação das respostas. Resultados: Sobre humanização, os termos mais citados foram: atendimento integral (34,6% dos entrevistados), acolhimento (19,2%), atendimento à família (23%). Quanto à prática do atendimento humanizado, 80,8% disseram que o praticam e 19,2% responderam que tentam. Sobre o conceito de acolhimento, os itens mais citados foram: recepção no serviço de saúde (30,8%), atender bem o paciente e a família (26,9%), proporcionar bem-estar (10,5), entre outros e ainda, 85,2% dos entrevistados responderam que o praticam e 14,8% disseram que nem sempre. A maioria (50%) acha que o atendimento dentro do hospital é parcialmente humanizado, 30,8% acham que não e apenas 19,2% acham que é totalmente humanizado. 96,2% relatam que prestam esclarecimentos aos cuidadores sobre os procedimentos realizados e 3,8% prestam somente quando são questionados sobre. 56% dizem observar essa atitude de outros profissionais e 36% dizem que não. Conclusão: Pode-se concluir que mesmo não havendo um conhecimento pleno acerca de conceitos, a prática da humanização é realizada pela maioria dos profissionais. Porém, há necessidade de se explorar ainda mais estes conceitos, exigindo uma mudança na formação, comportamento e práticas.