Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Cuidado em Rede na Saúde Mental
Clarice Coelho Oliveira, Gabriele Dai Pra Cunha Felice, Jaqueline da Rosa Monteiro, Carolina Demaman Pommer

Resumo


No Estado do Rio Grande do Sul a Secretaria de Estado da Saúde tem realizado inúmeras ações para promover a organização da Linha de Cuidado em Saúde Mental e Alcool e outras Drogras nos municípios, denominada de O cuidado que eu preciso. Dentre elas, foram elaboradas diversas resoluções que preveem o repasse de incentivos financeiros estaduais aos municípios, como a criação dos Núcleos de Apoio à Atenção Básica – NAAB – Modalidade Saúde Mental (Resolução CIB 403/2011), as Oficinas Terapêuticas na Atenção Básica (Resolução CIB 404/2011), o Recurso Estadual para custeio dos CAPS (Resolução CIB 401/2011), qualificação e ampliação dos Leitos de internação psiquiátrica e AD em hospitais gerais (CIB 402/2011), além da mais recente Resolução que trata da Composição de Trabalho de equipes de Redução de Danos (CIB 038/2012). Em consonância a esse momento, o Terceiro Ano Opcional da Residência Integrada em Saúde Coletiva, cuja ênfase é Gestão da Educação da Saúde Coletiva, priorizou o trabalho de fortalecimento da rede de saúde mental na região Macro-Metropolitana, que compreende a capital e as cidades vizinhas, compondo três coordenadorias regionais de saúde -CRS (1ª, 2ª e 18ª CRS). Assim, neste resumo propôe-se um relato de experiência do trabalho desenvolvido através da inserção da residência na seção de Saúde Mental da Secretaria Estadual da Saúde 2011-2012, até o presente momento, que se iniciou com o levantamento dos dados dos seis municípios dessas CRS que possuem números mais elevados de internações e encaminhamentos ao Hospital Psiquiátrico de referência da macrorregional; e o posterior mapeamento da rede desses municípios. Através da Seção de Saúde Mental do Estado, estabeleceu-se articulações com as CRS, com o Hospital Psiquiátrico e com os municípios a fim de desencadear um trabalho de ativação de redes desses municípios que propicie o fortalecimento da atenção à saúde mental no território concomitante ao trabalho de construção da linha de cuidado em saúde mental. Neste sentido, entende-se que a construção das redes de cuidado passam pelo território enquanto espaço primeiro de circulação e construção de vínculos para o usuário, contribuindo assim para diminuição de reinternações, e ampliação das possibilidades de inclusão.