Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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CURSO DE GESTÃO HOSPITALAR COMO ESTRATÉGIA DE QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO HOSPITALAR NAS UNIDADES DO SUS/BAHIA
Emmanuela Mendes Amorim, Mariana Bertol Leal, Daniela Lopes Lima

Resumo


Esse estudo objetivou analisar a pertinência e aplicabilidade dos temas e instrumentos tratados no Curso de Especialização em Gestão Hospitalar para a qualificação da Gestão das Unidades Hospitalares da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (SESAB), promovido pela parceria entre Escola de Administração da UFBA e Escola Estadual em Saúde Pública (EESP/SESAB). Para tanto, utilizou-se questionário para os discentes, entrevistas com a equipe gestora do curso e análise documental, tendo sido aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da EESP/SESAB. Para a análise construiu-se uma Matriz de Categorias Analíticas e Operacionais, fruto da reflexão sobre Matriz Analítica de avaliação cluster e Metodologia de Triangulação de Dados, considerando-se conceitos da Análise institucional, Educação Permanente em Saúde. No que se refere a fragilidades, pontuou-se a carga horária extensa, com algumas disciplinas desarticuladas do cotidiano de trabalho de unidades hospitalares públicas ou tratavam de contextos diferentes do SUS-Bahia. Contudo, algumas disciplinas foram apontadas como trazendo elementos para a qualificação para a prática cotidiana: Epidemiologia, repercutiu com implantação de Núcleos de Vigilância Epidemiológica nas unidades hospitalares; Gestão de Custos, potencializou na otimização na análise de custos hospitalares; Gestão do Cuidado e Políticas de Saúde, que trouxe conceitos que problematizaram o cotidiano da gestão de algumas dessas unidades. Em relação às fragilidades, os participantes da pesquisa pontuaram carga horária extensa e o descumprimento de alguns educandos de responsabilidades relacionadas ao curso; constante mudança dos quadros de gestão da SESAB na composição da Comissão Colegiada de Gestão do Curso e em relação aos estudantes-gestores que mudavam de cargos na organização. Quanto aos avanços, o curso proporcionou o encontro entre gestores que passaram a se conhecer e a se articular para solucionar entraves, ou seja, no encontro se forjada a micropolítica, que repercutia no desatar de nós críticos de entraves burocráticos da gestão hospitalar. Enfim, o curso se caracterizou por encontros e desencontros dos sujeitos nessa Praça da micropolítica dos vários territórios dos SUS. Através do encontro tem-se a potência de (trans)formar uma rede de trabalho vivo em ato.