Tamanho da fonte:
Desafios do processo de reorientação profissional com enfoque multiprofissional: a experiência da Universidade do Vale do Itajaí
Resumo
Em 2007 a Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI e a Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí/SC (SMS) aprovaram o projeto Pró-Saúde II – ação multiprofissional junto à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde e desde 2008 os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia, Nutrição, Psicologia, Educação Física e a Rede Assistencial vem participando deste projeto. O objetivo da proposta é ativar o processo de reorientação da formação profissional em saúde como ação multiprofissional com vistas à reorganização do processo de trabalho no Sistema Único de Saúde (SUS). Vislumbra-se o eixo ético/epistemológico do cuidado como integralidade, assumindo uma educação que provoque novas alteridades e identidades profissionais forjadas na imersão na realidade local mediada pelo acesso a interdisciplinaridade do conhecimento em saúde coletiva.Inicialmente realizou-se uma análise crítica dos projetos pedagógicos dos cursos considerando a ênfase dada aos aspectos de promoção, prevenção, cura e reabilitação, bem como a abordagem dos determinantes de saúde. Esta ação envolveu uma análise inicial segundo os indicadores propostos pelo Pró-Saúde seguida de oficinas com discentes e docentes para discussão da análise e indicação os principais pontos de investimento tanto do conteúdo teórico a ser trabalhado como a sua relação com a prática, considerando os determinantes sociais e biológicos, especialmente na integração básico-clínica. Os resultados indicaram os principais pontos de investimento, tanto do conteúdo teórico a ser trabalhado como a sua relação com a prática, considerando a ênfase na formação generalista, os determinantes sociais e biológicos, diversificação e qualidade dos cenários de prática e a integração básico-clínica. Após este momento diagnóstico, realizou-se um planejamento de intervenções por curso e intercursos,ações que envolveram análises dos planos de ensino junto aos docentes,oficinas com supervisores de estágios e coordenadores de curso,atividades de formação continuada .De forma geral, vem crescendo o debate sobre a formação dos profissionais de saúde, e a necessidade de um novo paradigma, pensado na perspectiva de uma nova forma de produzir saúde. Diante disso, deve-se considerar a variedade cultural e de saberes sobre o processo saúde-doença das pessoas, as ligações entre indivíduos e suas raízes culturais, superando as limitações e a subalternidade do modelo médico hegemônico..