Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Dilemas da formação profissional do Assistente Social diante das determinações do SUS e da Reforma Psiquiátrica
Amanda Furtado Mascarenhas Lustosa, Lúcia Cristina dos Santos Rosa, José Ivo dos Santos Pedrosa

Resumo


INTRODUÇÃO: Conforme a constituição federal de 1988 a educação é um direito social que o cidadão deve ter resguardado. Esta prerrogativa é compreendida como meta na luta por uma sociedade mais democrática em que a justiça social seja um princípio norteador. A formação do profissional em saúde deve estar atenta ao acelerado ritmo de evolução do conhecimento, à mudança do processo de trabalho em saúde, tendo em vista o equilíbrio entre excelência técnica e relevância social. Assim, é necessária a reorientação das pesquisas desenvolvidas na área da Saúde, com ênfase na investigação das necessidades da comunidade,desta forma, este estudo entende que analisar a formação profissional é uma forma salutar de provocar uma resignificação das práticas e saberes em saúde, com destaque para a saúde mental. OBJETIVOS: este trabalho visa a contribuir para a consolidação de uma formação profissional crítica, com um viés emancipatório, capaz de problematizar as condições em que a formação profissional se apresenta na contemporaneidade, diante de uma política especifica como a da saúde mental para o assistente social. MÉTODO: Esta analise se efetivou através de uma pesquisa de caráter predominantemente qualitativo. O lócus da pesquisa foi o curso de bacharelado em Serviço Social da Universidade Federal do Piauí. Os sujeitos pesquisados foram os docentes do curso de serviço social que ministraram disciplinas afins com a temática da saúde mental, discentes do 4º e 8º períodos e supervisores de campo dos estágios. RESULTADOS: Parcialmente foi possível verificar que os discentes do curso de serviço social só se aproximam das discussões sobre saúde mental apenas no 6º período do curso, na experiência de estágio para aqueles que estão em instituições de saúde mental e para os demais através da disciplina de seminário de prática, que oferece subsídios teóricos e práticos para os alunos. Ademais, se verificou que a saúde mental é estudada de forma isolada no curso, não sendo problematizada como questão de saúde pública, por exemplo,nas disciplinas de política social que deveriam aborda - lá.CONCLUSÃO: Antes de se uma política especifica, a política de saúde mental, está inserida no bojo das políticas sociais e precisa ser abordada de forma transversal na formação do discente de serviço social.Principalmente por ser uma questão de saúde, é urgente que está seja pautada nas determinações do Sistema ùnico de Saúde,em consonância com as prerrogativas da reforma psiquiátrica.