Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO HIPERTENSO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE
Luis Gustavo Campos, Tarcisio Laerte Gontijo, Clélia Madeira Madeira Silva, Felipe Roberto Silva

Resumo


Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença crônica de expressiva magnitude sendo o atendimento aos portadores responsabilidade da Atenção Primária à Saúde (APS). A APS tem grande influência na prevenção, promoção e tratamento deste agravo, oferecendo meios que permitam ao indivíduo se empoderar e realizar juntamente com o serviço, ações que o leve à melhoria da sua condição e qualidade de vida. Uma assistência de qualidade aos hipertensos oferecida pela APS, reflete diretamente na saúde dos portadores e comunidade. Objetivo: Avaliar a assistência ao hipertenso em uma Unidade de Atenção Primária de Saúde. Método: Trata-se de estudo de avaliação normativa que analisou os componentes estrutura e processo da assistência ao hipertenso. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionário aos 6 profissionais de uma equipe de APS e também por meio da análise de prontuários de hipertensos. Para esta última, selecionou-se uma amostra simples de prontuários, a partir do número de usuários hipertensos que utilizam a farmácia da Unidade, considerando erro de 1%. Os indicadores e parâmetros utilizados foram obtidos através de normas governamentais. Resultados: Identificou-se a presença de equipe mínima necessária e ausência de cadastro de hipertensos. Em apenas 42,5% dos prontuários havia registros de duas ou mais consultas médicas no ano, e em nenhum havia registros de consultas de enfermagem, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Em 66% dos prontuários analisados não se encontrou registros da realização de exames de colesterol. A ausência de um cadastro dos hipertensos compromete o planejamento das ações e o fluxo de atendimento no serviço. A baixa proporção de registros de consultas médicas e a ausências de registros de consultas de enfermagem apontam que a maior parte dos hipertensos não foi assistida adequadamente, comprometendo, portanto, a qualidade da assistência. Conclusão: Para uma adequada assistência ao hipertenso são necessárias ações que permitam a interdisciplinaridade, empoderamento do paciente e atividades que são eficientes na terapêutica, porém foram observadas deficiências que podem comprometer a qualidade da assistência prestada.