Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Educação e inclusão social: as oficinas e seu papel no projeto terapêutico.
Jefferson Medeiros Silva Junior, Nathalia Oliveira, Igor Sangenis, Norma Villa Eboli, Albana Lucia Azevedo, Helcio Fernandes Mattos, Pedro Henrique da Silva Domingues, Marcel Vidal Albuquerque, Washington Luiz Alves Cruz

Resumo


Introdução- As Oficinas Terapêuticas exercem um importante papel na esfera das possibilidades de inclusão social dos adolescentes, na medida em que como um espaço no qual ele é convidado a participar, como um ator ativo, capaz de abandonar gradativamente o isolamento dos excluídos sem voz e sem direitos. Ao ter uma escuta especifica, sua voz é ouvida, não como uma narrativa de conteúdo efêmero, mas como um discurso plausível à produzir efeitos. Uma narrativa de conteúdo efêmero vai de encontro à proposta de participação dos cidadãos nos serviços de saúde, entretanto a condição de escuta pode servir para construir um espaço no qual essa fala produz efeitos capazes de transformar o seu cotidiano.Objetivo- Situando-se, ou não, no campo da educação formal, as oficinas não têm como objetivo primordial perpetuar o provisório, “formando”, sem infraestrutura, profissionais para o mercado de trabalho inalcançável. Ao contrário, se propõe a apresentar um novo horizonte no qual possa confiar, através das intervenções realizadas, na possibilidade de inclusão social. Metodologia- Graças a uma prática associada com outras intervenções, apoio pedagógico, intervenção com as famílias, organizada em um único projeto terapêutico, oferecer os meios de ingressar em cursos profissionalizantes, organizados em parceria com o SENAI-Niterói, qualificando os adolescentes para ter uma profissão e entrar no mercado de trabalho. Abre-se a opção entre continuar lutando sozinho ou incorporar-se a regras de um trabalho coletivo, com apoio de outras instituições, formando uma rede de apoio social. Tratado como portador de direitos cívicos, busca-se retirá-lo da invisibilidade social.Conclusões- Nos 14 anos utilizando esta metodologia na sua pratica de funcionamento o CAPSad-CRIA-UFF entende que a inclusão social visa a suprir as demandas dos que em situação de risco precisam dos processos de socialização secundário para suportar as incertezas do presente com a construção gradativa de um futuro profissional. Uma estrutura que sirva como suporte para iniciar-se em novos vínculos, sem a busca das soluções imediatas da vida marginal, que apenas permite buscar a sobrevivência.