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Educação e inclusão social: as oficinas e seu papel no projeto terapêutico.
Resumo
Introdução- As Oficinas Terapêuticas exercem um importante papel na esfera das possibilidades de inclusão social dos adolescentes, na medida em que como um espaço no qual ele é convidado a participar, como um ator ativo, capaz de abandonar gradativamente o isolamento dos excluídos sem voz e sem direitos. Ao ter uma escuta especifica, sua voz é ouvida, não como uma narrativa de conteúdo efêmero, mas como um discurso plausível à produzir efeitos. Uma narrativa de conteúdo efêmero vai de encontro à proposta de participação dos cidadãos nos serviços de saúde, entretanto a condição de escuta pode servir para construir um espaço no qual essa fala produz efeitos capazes de transformar o seu cotidiano.Objetivo- Situando-se, ou não, no campo da educação formal, as oficinas não têm como objetivo primordial perpetuar o provisório, “formando”, sem infraestrutura, profissionais para o mercado de trabalho inalcançável. Ao contrário, se propõe a apresentar um novo horizonte no qual possa confiar, através das intervenções realizadas, na possibilidade de inclusão social. Metodologia- Graças a uma prática associada com outras intervenções, apoio pedagógico, intervenção com as famílias, organizada em um único projeto terapêutico, oferecer os meios de ingressar em cursos profissionalizantes, organizados em parceria com o SENAI-Niterói, qualificando os adolescentes para ter uma profissão e entrar no mercado de trabalho. Abre-se a opção entre continuar lutando sozinho ou incorporar-se a regras de um trabalho coletivo, com apoio de outras instituições, formando uma rede de apoio social. Tratado como portador de direitos cívicos, busca-se retirá-lo da invisibilidade social.Conclusões- Nos 14 anos utilizando esta metodologia na sua pratica de funcionamento o CAPSad-CRIA-UFF entende que a inclusão social visa a suprir as demandas dos que em situação de risco precisam dos processos de socialização secundário para suportar as incertezas do presente com a construção gradativa de um futuro profissional. Uma estrutura que sirva como suporte para iniciar-se em novos vínculos, sem a busca das soluções imediatas da vida marginal, que apenas permite buscar a sobrevivência.