Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Educação e Saúde na Escola: o que os adolescentes sabem sobre DSTs/AIDS?
Mariana Santiago Siqueira, Fernanda Sant'Ana Tristão, Sandra Maria Borges

Resumo


INTRODUÇÃO: De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no Brasil foram registrados 66.114 casos de AIDS entre jovens de 13 a 24 anos até junho de 2009. As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), dentre elas a AIDS, tornam o organismo vulnerável a outras doenças, além de terem relação com a mortalidade materno infantil. A passagem pela adolescência, por ser um período de tantas transformações orgânicas e psicológicas, sugere a necessidade de ações com base no conceito da vulnerabilidade. OBJETIVO: identificar qual o conhecimento de adolescentes sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado no segundo semestre de 2010 numa Unidade Básica de Saúde num município da região metropolitana de Porto Alegre/RS. Participaram do estudo cinco adolescentes que realizaram pelo menos uma consulta de pré-natal no ano de 2008 nessa unidade. A busca de dados foi realizada através do cadastro no Programa de Humanização do Pré-Natal (PHPN). Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento semi-estruturado dividido em duas partes.A primeira, contendo variáveis sociodemográficas e a segunda, um roteiro semi-estruturado de entrevista. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo do tipo temática. RESULTADOS: Foram estabelecidas as seguintes categorias temáticas: Conhecimentos sobre DST e AIDS; Conhecimento sobre as formas de prevenção; Conhecimento sobre as formas de contágio; Fontes de aquisição do conhecimento e Uso do preservativo. Destacaram-se como principais fatores responsáveis pelo alto índice de contágio entre os jovens, a diminuição da idade de início das relações sexuais, a ausência do uso do preservativo, a falta de conhecimento e o sentimento de invulnerabilidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS: pode-se evidenciar a necessidade que emerge de se adotar medidas no que se refere à educação dos adolescentes quanto à sua sexualidade e à prevenção de agravos quanto às DSTs e AIDS de forma sistemática e contínua no programa escolar, assim como a importância da atuação direta de profissionais de saúde nas escolas como mediadores a fim de promover o autocuidado e a mudança de comportamento dos adolescentes por meio da educação em saúde.