Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DE RISCO FAMILIAR COMO INSTRUMENTO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA
Karylla Marques Miranda

Resumo


Autores Karylla Marques de Miranda (estudante de medicina - karyllamiranda@gmail.com) Pamela Luján Vargas Narváez (estudante de medicina - pamela_medicinaufms@yahoo.com.br); Leonardo Macedo Lucena (estudante de medicina - leomlucena@yahoo.com.br) Juliana Libman Luft (estudante de medicina - juliana_luft@hotmail.com) Marco Antônio Costa Bósio ( estudante de medicina - marcoantoniocosta@yahoo.com.br) Ana Lúcia Gomes da Silva Gastaud (Assistente Social, Mestre em Saúde Coletiva( UFMS) e Doutora em Ciências da Saúde (UNB)); Osvaldinete Lopes de Oliveira Silva ( Nutricionista Mestre em Saúde Coletiva (UFMS)) INTRODUÇÃO: Os indicadores da área materno-infantil constituem-se referenciais na avaliação da qualidade de vida e saude da população. Identifica-se na criança maior vulnerabilidade nos dois primeiros anos de vida em função da imaturidade fisiológica e dependência do adulto para cuidados básicos com a saúde, a qual se agrava quando associada a determinantes sociais desfavoráveis. A identificação precoce e o acompanhamento de famílias em situação de risco constituem-se em estratégias fundamentais para promover o crescimento e desenvolvimento adequados na saúde da criança. OBJETIVOS: Mostrar a importância de diagnóstico precoce do grau de “Risco de Família”, mediante a utilização de instrumento de avaliação, para priorização de acompanhamento familiar visando melhoria da qualidade de vida e diminuição de problemas de saúde das famílias e, conseqüentemente, das crianças. METODOLOGIA: A Liga Acadêmica de Estudos da Saúde da Família (LAESF) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) avaliou o “Risco de Família” em 239 crianças com até 2 anos idade, oriundas de famílias de baixa renda assistidas por uma Unidade Básica de Saúde da Família em Campo Grande – MS, sendo utilizado como instrumento o Escore de pontuação de risco familiar “Critério UFES”, mediante informações da Ficha A, de entrevista com Agentes Comunitários de Saúde e visitas domiciliares. RESULTADOS: Constatou-se que 93% das famílias apresentaram risco, sendo que dessas 78% com R1, 6% com R2 e 9% com escore R3, o de maior gravidade. Apresentaram-se como fatores de maior prevalência: baixas condições de saneamento e/ou higiene, o uso de drogas lícitas e ilícitas, desemprego, existência de crianças menores de 1 ano e relação morador/cômodo se maior que 1. A maioria das crianças apresentaram problemas de saúde, como parasitoses, sobrepeso e baixo peso, entre outras. CONCLUSÃO: Verifica-se a importância da utilização periódica da avaliação de risco como instrumento das Equipes Saúde da Família, contribuindo para priorização e monitorização de agravos infantis e das famílias em risco, na maioria das vezes evitáveis, e, ainda especialmente, no planejamento de visitas domiciliares, instrumento importante para este acompanhamento. Além disso, é necessário, o desenvolvimento de ações educativas intersetoriais, voltadas para prevenção e promoção da saúde, assim como parceria com redes sociais e comunitárias, voltada para apoio às famílias em situações de vulnerabilidade social. Palavras Chave: Saúde da criança, Determinantes sociais em saude, Risco familiar