Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
Avaliação em Saúde Mental: aspectos e características da formação de recursos humanos em uma experiência nordestina
Lucas Dannilo Aragão Guimarães, Lucia Cristina Santos Rosa

Resumo


O referido trabalho constitui-se parte de estudo realizado resultante de Programa de Pesquisa na área de avaliação de Políticas, Programas, Ações e Sistema de Saúde. Objetiva contribuir para o aprimoramento dos serviços comunitários de saúde mental, na realidade brasileira; aprimoramento de recursos humanos em saúde mental para serviços comunitários de saúde mental. Cita-se que a Lei 10.216 (2001), sancionada no Brasil, prevê a reorientação da assistência psiquiátrica, de modo que o hospital psiquiátrico está sendo gradativamente substituídos por serviços comunitários, denominados Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Os mesmos funcionam como dispositivos gerenciadores e organizadores da rede de saúde mental comunitária, que inclui serviços de atenção primária, atenção hospitalar geral, dentre outros serviços da rede assistencial e social. O trabalho utilizou metodologia exploratória, com a amostra de 39 profissionais do serviço de saúde mental comunitário (Centro de Atenção Psicossocial – CAPS), utilizaram-se as únicas 02 unidades, que funcionavam em 2010, em uma capital brasileira. Utilizou-se questionário padronizado e pré-testado para obtenção dos dados referentes às categorias de dados (dados pessoais, dados da formação profissional, dados da atuação profissional), bem como os softwares Excel, versão 2011, e SPSS, versão 17.0, para realização da análise quantitativa e exploratória. Os procedimentos éticos respeitaram as exigências da legislação brasileira para pesquisa com seres humanos (CNS 196/96). Verificou-se que a maior parte dos trabalhadores destes serviços de saúde mental são mulheres (88,2%); faixa etária prevalente entre 41-50 anos (41,2%); renda familiar acima de 10 salários mínimos (38,2%); são profissionais das categorias de medicina, psicologia, enfermagem, serviço social, nutrição, terapia ocupacional e educação física. A maior parte trabalha está entre 04 e 06 anos que trabalham em CAPS (38,2%). No entanto, a maior parte não possui qualquer formação ou treinamento para trabalhar em CAPS (55,9%). Conclui-se que urge a formação de recursos humanos para atender as diretrizes assistenciais previstas pela Política de Saúde Mental no Brasil, estabelecidas pelo principal centro de atenção à saúde mental (CAPS); as iniciativas de capacitação devem ser mais bem planejadas e executadas com vistas a atingir o público de profissionais presentes nestes centros.